Red Bull reitera diferenças, mas diz que acordo frustrado com Porsche "não muda nada"
Christian Horner, chefe da Red Bull, voltou a falar que após muitas conversas, os taurinos perceberam que a marca alemã não estava ajustada ao caminho que eles estavam tomando na F1 e que, portanto, desistir da parceria foi natural
A Red Bull falou mais uma vez sobre as negociações frustradas com a Porsche para uma parceria a partir da temporada 2026 da Fórmula 1. Christian Horner reiterou que o foco atual da equipe austríaca é fabricar as suas próprias unidades de potência e que a união com a marca alemã só não foi à frente porque houve divergências quanto aos objetivos de cada uma.
A Porsche confirmou nesta sexta-feira (9) que, após muitas conversas, ambas as partes chegaram a um consenso e desistiram do acordo. E a fábrica de Stuttgart foi clara ao revelar o motivo: desde o início, os alemães alegaram que o interesse é que a parceria fosse "em pé de igualdade", o que significaria para a Porsche não ser apenas a fabricante dos motores, como também proprietária de 50% da Red Bull.
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Red Bull e Porsche não vai mais acontecer (Foto: Jeroen Claus/Instagram)
"A Red Bull decidiu ser fabricante de motores há mais de 18 meses, e, desde então, temos recrutado alguns dos melhores talentos da F1", disse Horner após as sessões de treinos livres desta sexta, em Monza. "Agora temos 300 pessoas envolvidas no Red Bull Powertrains, construímos uma fábrica em 55 semanas e produzimos o primeiro motor Red Bull", continuou o chefe dos taurinos.
"Tivemos discussões com a Porsche e sentimos que o acordo não estava totalmente certo para o caminho que estamos tomando e a jornada onde estamos", acrescentou Horner, garantindo, porém, que o não-casamento não altera em absolutamente nada os planos da base em Milton Keynes.
"Nada muda para nós. Não houve a entrada da Porsche, então isso não muda nada para nós", frisou o dirigente inglês, que já havia dito também que a Red Bull já "provou do é capaz na F1".
Red Bull e Porsche começaram a entrar em crise antes mesmo da união ser sacramentada. O site alemão F1-Insider.com divulgou no início da semana que as duas partes ainda não haviam se entendido sobre a divisão das ações. A equipe recuou com a questão de perda de forças pelo número de ações vendidas, além do valor de mercado ter aumentado em comparação ao ano passado, quando as negociações iniciaram.
"Porsche não vai se tornar nossa acionista. Temos toda a oportunidade de construir nossos motores", comentou o consultor Helmut Marko ao site alemão na ocasião. A Red Bull também recuou na negociação pelo fator Honda, já que a montadora japonesa, parceira dos taurinos entre 2019 e 2021, considera um retorno em 2026 após sair do campeonato ao fim da temporada passada.
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