Red Bull revela problema hidráulico de Pérez e diz que "pilotos querem correr" em Spa
Chefe da Red Bull, Christian Horner aposta em ver cenários distintos no GP da Bélgica após punições a Charles Leclerc e Max Verstappen, com pilotos escalando pelotão e briga pela vitória entre Mercedes e Ferrari
SAINZ × PÉREZ: QUEM PODE SER MAIS DECISIVO A FAVOR DO COMPANHEIRO DE EQUIPE NA F1 2022?
A Red Bull teve um segundo treino livre muito distinto para cada um de seus dois pilotos nesta sexta-feira (26), na Bélgica, com Max Verstappen na primeira posição e Sergio Pérez em décimo, 1s8 atrás do atual campeão. Christian Horner, entretanto, não demonstrou preocupação com a situação e explicou que 'Checo' sofreu com um problema no carro em boa parte do treino, o que o fez sair para a pista quando esta já estava recebendo suas primeiras gotas de chuva.
"Tivemos um problema com a hidráulica da asa traseira", explicou o chefe da Red Bull. "E por ele [Pérez] ter ficado tanto tempo na garagem, começaram os pingos de chuva. Então, os tempos não foram representativos com os pneus macios", observou.
Sobre a corrida, o britânico imagina ver dois cenários distintos entre as equipes que brigam na frente pelo título da F1 — Red Bull e Ferrari. Como Max Verstappen e Charles Leclerc, os dois protagonistas da temporada, vão largar do fundo do grid por trocarem seus motores, a briga para os dois será completamente diferente à de Carlos Sainz e as Mercedes, na visão de Horner — que não citou Pérez.
"Não parece que Carlos [Sainz] e as Mercedes vão receber penalidades", reconheceu. "Então, veremos duas corridas. Eles batalhando na frente, e Max [Verstappen] e Charles [Leclerc] escalando o pelotão, porque é mais fácil de ultrapassar aqui", disse.
A famosa Eau Rouge, citada por Christian Horner ao defender a presença de Spa (Foto: Divulgação/Circuit de Spa-Francorchamps)
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Por fim, o chefe da Red Bull comentou as alterações em andamento no calendário da F1, que já confirmou a saída da França para o ano que vem e vê pistas tradicionais, como a própria Spa, em risco. Para 2023, três etapas que não estão presentes no atual campeonato já estão confirmadas: Catar, Las Vegas e China. Além disso, não é segredo para ninguém que o retorno à África do Sul é um desejo da categoria.
Ao opinar sobre o assunto, Horner iniciou com algumas críticas às pistas que fazem parte do calendário daqui até o fim do ano, mas pediu um "equilíbrio" entre o desejo por receber mais dinheiro — ofertado em profusão em países marcados por violações aos direitos humanos, como Arábia Saudita, Catar, Bahrein e Abu Dhabi, entre outros — e a tradição em correr nos palcos mais tradicionais da Fórmula 1.
"Você olha estrategicamente para o calendário, e parece apertado até o fim do ano", opinou Horner. "Zandvoort, você não quer brigar lá. Em Monza, é mais difícil de ultrpassar do que você imagina. Singapura é difícil, Japão também, e você começa a ficar sem opções", avaliou.
"É basicamente tudo sobre dinheiro e encontrar um equilíbrio", afirmou. "Silverstone, Monza… São circuitos históricos. Os pilotos querem correr aqui, e você vê os sorrisos em seus rostos. A Eau Rouge os difere dos meninos", encerrou.
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