Red Bull sobe tom contra rivais após críticas por teto de gastos: "Difamam o time e a F1"
Christian Horner subiu o tom e respondeu os chefes de Ferrari e Mercedes após os comentários sobre a violação do teto de gastos. Mandatário da Red Bull afirmou que declarações são difamatórias e crê que polêmica tenta minimizar chance de título de Max Verstappen
Chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner se irritou com as recentes declarações de Toto Wolff, da Mercedes, e Mattia Binotto, da Ferrari, sobre a possível violação do teto de gastos cometida pelo time taurino, que se tornou assunto na última sexta-feira (30) de treinos livres do GP de Singapura.
Segundo informação da revista alemã Auto Motor und Sport, a FIA investiga a possibilidade de Red Bull e Aston Martin terem ultrapassado o limite de US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual) durante a temporada 2021, que marcou o título de Max Verstappen. Enquanto Mattia Binotto pediu punição máxima, Toto Wolff deu a entender que o time de Milton Keynes ultrapassou muito o limite.
"A não ser que retirem estas declarações, vamos levar isso a sério e ver as opções disponíveis a nós. É absolutamente inaceitável fazer comentários do tipo que fizeram ontem são totalmente difamatórios ao time, para as marcas e até para a Fórmula 1", comentou Horner em entrevista a diversos jornalistas na manhã deste sábado, lamentando as acusações.
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O teto orçamentário foi introduzido na F1 no ano passado e, de início, fixado em US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual). Para 2022, a entidade optou por reduzi-lo em US$ 5 milhões (R$ 26 milhões), mas permitiu um acréscimo de 3,1% com o campeonato em andamento por correção inflacionária. Mesmo assim, as equipes do grid, sobretudo as ponteiras (Red Bull, Mercedes e Ferrari), já fizeram várias reclamações públicas sobre como o limite de gastos compromete o trabalho de desenvolvimento do carro.
"É um envio privado entre o time e a FIA. Então, como raios alguma equipe saberia os detalhes? Como raios algum time sabe se o outro violou algo ou não? Nem sabemos se violamos. Não saberemos até a próxima semana até o processo ser completado", seguiu.
Christian também deu a entender que as declarações das rivais são para tirar o foco de Max Verstappen. O holandês pode conquistar o título mundial de 2022 com cinco corridas de antecedência já no GP de Singapura. O mandatário também falou em "teto de vidro" de rivais por acusarem sobre o limite orçamentário.
"Talvez, quando as acusações forem feitas, pessoas com teto de vidro não deveriam jogar pedras. E levamos a sério as declarações que foram feitos. É alguma coincidência que Max tenha sua primeira chance de levar o título mundial, e aqui estamos falando de teto de gastos em vez do desempenho fenomenal que ele teve este ano", concluiu.
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) se manifestou sobre o tema já na última sexta-feira. A entidade chamou de "infundadas" as especulações surgidas. O resultado da investigação deve vir a público na próxima quarta-feira (5).
"A FIA está atualmente finalizando a avaliação dos dados financeiros de 2021 enviados por todas as equipes de Fórmula 1. As alegadas violações do Regulamento Financeiro, se houver, serão tratadas de acordo com o processo formal estabelecido no regulamento. A FIA observa as especulações e conjecturas significativas e infundadas em relação a este assunto e reitera que a avaliação está em andamento e o devido processo será seguido sem considerar qualquer discussão externa.", divulgou a entidade em comunicado.
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