Red Bull vê teto de gastos como vilão para atualizações do RB18: "Vamos esperar mais"
O projetista da Red Bull, Adrian Newey, explicou que a equipe se vê obrigada a frear atualizações para não comprometer o limite orçamentário, algo que não acontecia antes
O teto orçamentário da Fórmula 1 somado à chegada de um regulamento totalmente novo tem sido um desafio para as equipes do grid, e não seria diferente para a Red Bull. Apesar de já ter apresentado problemas com a confiabilidade do seu RB18, Adrian Newey, projetista do time austríaco, explicou que é difícil tentar melhorias significativas a cada fim de semana, uma vez que não pode gastar como antes.
O atual limite de gastos da F1 está fixado em US$ 140 milhões (R$ 696 milhões, na cotação atual). A Ferrari, principal adversária dos taurinos, por exemplo, ainda não apresentou nenhuma atualização significativa, ao contrário da Red Bull, que teve de trabalhar em melhorias para tirar a desvantagem nas primeiras etapas.
Os ajustes, ainda que não tenham representado um grande pacote de atualizações, mostraram eficácia em Ímola, com a equipe dominando a corrida com uma dobradinha. Newey afirmou que "o desenvolvimento, com certeza, é importante", mas "a outra complicação deste ano é o teto de custos, porque temos de desenvolver [o carro] dentro dessa restrição".
"Talvez estejamos escolhendo coisas que poderíamos ter introduzido antes. Vamos esperar um pouco mais para tentar construir um pacote maior antes de apresentá-lo", disse o dirigente ao podcast F1 Nation ao ser questionado sobre mudanças para a próxima etapa.
"Nós simplesmente não podemos nos dar ao luxo de fazer o que costumávamos fazer no ano passado, ou nos anos passados, em que teríamos alguma coisa em cada corrida", acrescentou.
Sobre a atual disputa contra a Ferrari, Newey vê a dupla dividindo forças ao longo da temporada, como já tem sido até aqui. Ao ser questionado sobre a Red Bull ter o carro mais rápido, por exemplo, ele disse que em Ímola, sim, mas isso não aconteceu em Melbourne — que teve domínio total de Charles Leclerc.
"Acho que vai ser como no ano passado, entre Mercedes e nós, com alguns circuitos favorecendo um, outros podendo favorecer o outro. É muito difícil prever; foram quatro corridas, e está muito perto", avaliou.
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