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Ron Dennis vai contra ex-pupilo Hamilton e palpita em título de Verstappen em 2021

Responsável pelo gerenciamento da carreira de Lewis Hamilton até F1 e chefe de equipe no título de 2008, Ron Dennis acredita que chegou a hora de Max Verstappen

24 set 2021 - 08h23
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Dennis e Hamilton comemoram vitória em Mônaco, 2008
Dennis e Hamilton comemoram vitória em Mônaco, 2008
Foto: Reprodução/Zimbio / Grande Prêmio

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Ron Dennis foi um dos grandes responsáveis pelo começo de carreira da Lewis Hamilton na Fórmula 1, quase 15 anos atrás, mas aposta no título de Max Verstappen no campeonato de 2021. O antigo chefão da McLaren, que dificilmente se manifesta publicamente desde que saiu da F1, falou sobre o assunto no lançamento de seu novo empreendimento, a Podium Analytics, uma ONG que visa ajudar o trabalho de diminuir as lesões esportivas em jovens atletas.

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Dennis esteve na McLaren ininterruptamente entre 1980 e 2017 e chefiou a equipe de F1 até 2009, quando saiu das operações diárias e foi tocar outras partes da companhia. Voltou a tratar da F1 em 2014, mas já não como o chefe do dia-a-dia. Neste período, entre as muitas coisas nas quais se envolveu e protagonizou, foi a ascensão de Hamilton nos quadros da McLaren. Foi Dennis quem assinou com Lewis ainda no kart, aos 12 anos de idade, e se tornou empresário pessoal dele. A ligação durou por anos e rendeu a chegada à F1 e o título mundial de 2008.

Apesar da óbvia conexão com o heptacampeão mundial e com a Mercedes, com quem também esteve envolvido por vários anos na McLaren, ele crê que é hora de Verstappen e da Red Bull.

"Tenho um respeito tremendo pelo pessoal da tecnologia na Red Bull e creio que a Honda estabilizou o desempenho do motor muito bem. Então eu acho que será Verstappen. Se não for, a culpa não será da falta de desempenho, mas porque eles cometeram erros. A questão é que em quais circunstâncias esses erros serão cometidos? Será um fim de temporada muito movimentado, mas eu provavelmente ficaria com Verstappen como palpite", disse.

Lewis Hamilton e Max Verstappen bateram de novo e abandonaram o GP da Itália (Foto: Beto Issa)

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"A rivalidade é fantástica. A imprensa aumenta, mas eles estão constante jogando água no fogo, tentando acalmar as coisas, são profissionais de verdade. Em muitos esportes, isso é uma falta profissional. No esporte a motor, e consequência de carros se tocarem é difícil de prever. Não dá para saber se um carro vai ficar em cima do outro, como no GP da Itália, ou se alguém vai rodar e acertar uma barreira", seguiu.

"A realidade é que esses dois pilotos são absolutamente profissionais, sabem o que estão fazendo e sabem que assumir a liderança no começo da corrida é fundamental. Assim, é nesse ponto que assumem riscos e às vezes se paga, outras vezes não se paga. Uma coisa que nenhum dos dois quer mostrar ao outro é que vão tirar tirar o pé ou que serão intimidados", leu.

Como atualmente os carros raramente sofrem de problemas recorrentes de confiabilidade, o veterano crava que é a habilidade dos pilotos que vai decidir o campeonato.

"Ninguém gosta de perder, então [Lewis] não vai ficar nada feliz de ficar atrás, mas a motivação dele, como a de qualquer piloto, cresce quando se tem de brigar. Lutar num carro de F1 é como a ponta de uma faca: se você for agressivo demais, vai destruir os pneus rapidamente e definir a corrida muito, muito cedo. Embora pareça que os dois carros estão perto, a realidade é que o desafio é muito maior quando um carro está atrás do outro e tem de cuidar dos pneus. Motores e tudo mais são confiáveis demais hoje em dia, então é entre os dois gladiadores e o fim da história é que um tem de ganhar e o outro tem de perder", finalizou.

O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do GP da Rússia deste fim de semana AO VIVO e EM TEMPO REAL. O segundo treino livre está marcado para as 9h (de Brasília) da sexta-feira.

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