Rossi elogia superlicença, mas vê Herta como vítima de passado "ganancioso" da F1
Companheiro de equipe de Colton Herta na Andretti, Alexander Rossi falou com tristeza sobre a influência financeira no esporte a motor, e que crê que as decisões para segurar pilotos pagantes acabaram respingando no parceiro
Alexander Rossi é mais um piloto a sair em defesa de Colton Herta. O jovem americano estava cotado para guiar pela AlphaTauri na Fórmula 1 em 2023, mas por não somar os pontos suficientes da superlicença, o projeto do grupo Red Bull acabou colapsando. Herta tem 7 vitórias na Indy e já finalizou dois campeonatos no top-5.
Em nota publicada nas redes sociais, Rossi, que foi o último piloto americano da Fórmula 1, elogiou o ex-companheiro de Andretti, mas falou sobre a decepção de como as questões financeiras ainda pesam em extremo no esporte a motor.
"Me mantive em silêncio por muito tempo, então aqui vai: estou cansado de ver essa questão dos pontos de superlicença. A premissa disso era evitar que pilotos comprassem vagas na F1 e permitir que talento fosse o principal fator. Isso é ótimo, todos nós concordamos que Colton tem talento e capacidade para estar na Fórmula 1. Isso também é ótimo e ele deve agarrar esta oportunidade se for oferecido a ele. Ponto", comentou Rossi.
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"Esporte a motor ainda é o esporte de maior alta classe no mundo, onde o dinheiro desbalanceia o talento. O que é decepcionante, e na minha opinião, o grande problema, é que o elemento esportivo é deixado para trás ao nível que tiveram de colocar um método para certos times pararem de pegar pilotos em decisões apenas por seu aporte financeiro", seguiu.
Para Rossi, o que tirou a chance de Herta na Fórmula 1 foram as decisões tomadas no passado em prol de evitar pilotos pagantes na categoria.
"Em última análise, estas decisões passadas, seja por ambição ou necessidade, foram o que custou a oportunidade a Colton de decidir por ele mesmo se queria mudar o caminho da carreira para a F1, e não pontos em uma licença", concluiu.
Vencedor da Indy 500 de 2016 e vice-campeão da Indy em 2018, Rossi é o último piloto americano a pilotar na Fórmula 1. Alexander guiou em cinco corridas pela Manor na temporada 2015, tendo um 12º lugar no GP dos Estados Unidos como melhor resultado, mas não foi mantido para o ano seguinte, preterido por Rio Haryanto e Pascal Wehrlein.
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