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Todt diz que assiste corridas da F1 junto de Schumacher: "Eu não o deixo sozinho"

Ex-chefe e amigo próximo de Michael Schumacher, Jean Todt diz que assiste corridas da Fórmula 1 junto ao heptacampeão

21 jul 2022 - 14h09
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Jean Todt continua muito próximo de Michael Schumacher
Jean Todt continua muito próximo de Michael Schumacher
Foto: FIA / Grande Prêmio

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Michael Schumacher assiste às corridas do Mundial de Fórmula 1. Quem afirmou foi o amigo Jean Todt, após evento realizado para homenagear o heptacampeão mundial na Alemanha. Todt afirmou que não sente saudades de Schumacher, uma vez que encontra com ele com bastante frequência.

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Todt foi questionado sobre se é verdade que assiste corridas com Schumacher e admitiu que sim. Anteriormente, Todt já havia dito que visita o amigo ao menos duas vezes por mês, ainda que quase nove anos após o acidente de esqui nos Alpes Franceses.

Chefe de Schumacher durante os cinco títulos mundiais conquistados com a Ferrari, Todt está com bastante tempo na agenda desde a virada do ano, quando deixou de ser presidente da FIA após 12 anos.

"Não sinto saudades de Michael: eu o vejo. Sim, é verdade, eu assisto corridas com Michael. O que eu sinto falta é de algumas coisas que costumávamos fazer juntos", disse à rede de TV alemã RTL.

Michael Schumacher e Jean Todt no pódio em Suzuka 2000 (Foto: Reprodução/YouTube)

"Eu não o deixo sozinho. Ele, Corinna e a família, tivemos todos tantas experiências juntos. A beleza do que vivemos é parte de nós e vive. Algumas vezes, sucesso e dinheiro te muda, mas Michael nunca mudou. Ele é muito forte", apontou Todt.

Na última quarta-feira, Todt esteve junto da esposa e da filha de Michael, Corinna Schumacher e Gina-Marie Schumacher, respectivamente, durante homenagem feita ao heptacampeão mundial na cidade de Colônia, estado alemão de Renânia do Norte-Vestfália. Schumacher nasceu e foi criado em Hürth, região metropolitana de Colônia. A homenagem em questão, o Prêmio Estadual, é a maior honraria civil da região.

No começo da semana, o ex-empresário de Michael Schumacher, Willi Weber, voltou a acusar a família do alemão de mentir sobre o estado de saúde tanto tempo após o acidente.

O filho de Michael, Mick Schumacher, está na França para disputar o fim de semana da F1 em Paul Ricard e disse que não foi à homenagem apenas por estar gripado. O jovem vem, aliás, no melhor momento na F1, com pontos nas últimas duas corridas.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do fim de semana do GP da França.

Como foi o acidente de Michael Schumacher:

Em 29 de dezembro de 2013, Michael Schumacher sofreu um acidente de esqui que transformou a vida em um mistério sem fim no horizonte.

O pesadelo começou em Méribel, cidade montanhosa na França. O local é conhecido pela prática de esqui, uma das modalidades favoritas de Schumacher. O momento de descontração corria bem até um acidente feio, com a cabeça do alemão acertando uma pedra. O heptacampeão entrou em coma induzido no fim de 2013, sofrendo com lesões cerebrais que nunca ficaram devidamente claras para o público.

Esclarecer ao público, aliás, nunca foi o forte da assessoria de Schumacher. Sabine Kehm, braço direito do alemão, blindou a família e limitou ao máximo as informações vazadas ao público. Informações, só quando eram positivas: em abril, sinais de consciência foram percebidos mais claramente; em junho, o fim do período de coma induzido. Esse passo permitiu que Michael deixasse o hospital de Grénoble, na França, para seguir reabilitação em Lausanne, na Suíça.

2015 chegou com um novo panorama: os rumores se tornaram muito mais frequentes e passaram a ser combatidos pela família. As informações de que Schumacher estava paralisado e não conseguia falar nunca foram confirmadas, com a assessora Kehm sempre destacando um progresso constante, mesmo que lento.

As informações seguiam rareando, com a proteção ao redor de Schumacher ficando ainda mais notória tão logo a transferência do hospital para a casa na Suíça foi possível. Raras pessoas tinham autorização para visitar Michael, sendo sempre pessoas de confiança que nunca vazariam informações. Jean Todt, chefe da Ferrari nos anos dourados do começo do século, é uma das raras pessoas que veem Michael. O francês nunca trouxe informações novas, apenas afirmando que os dois acompanham corridas de Fórmula 1 pela TV ocasionalmente.

"É algo muito privado. Michael está muito bem amparado, vive com sua família, na sua casa, entre Genebra e Lausanne. Continua lutando. É a única coisa que posso dizer hoje", disse Todt em 2019.

Curiosamente, uma das raras novidades sobre Schumacher em 2020 veio de Flavio Briatore. Melhor dizendo, da ex de Briatore. Em um reality show na Itália. Questionada por outro participante sobre o estado de saúde do alemão, a modelo Elisabetta Gregoraci afirmou que a comunicação só é possível através dos olhos. Isso reafirma a informação de que Michael ainda não recuperou a fala.

Para lamento dos curiosos, é difícil acreditar em qualquer informação oficial da família Schumacher no futuro próximo. A esposa Corinna providenciou até mesmo uma mudança para a ilha espanhola de Mallorca, buscando privacidade completa. Mesmo com todo o esforço, isso ainda é difícil: em janeiro, uma pessoa afirmou ter fotos do ex-piloto deitado em sua cama, disposto a vender por valores milionários. O material nunca viu a luz do dia.

As raras notícias não significam que Michael Schumacher deixou de ser alguém relevante em 2020. Pelo contrário: foi um ano em que seria ainda mais especial tê-lo nos autódromos. Schumi teria a chance de dar os parabéns a Lewis Hamilton, que empatou o recorde de sete títulos mundiais. E mais importante ainda: teria a chance de acompanhar a jornada do filho Mick rumo ao título da F2, carimbando passaporte para a F1 em 2021 como piloto da Haas. Uma enorme pena. Que Michael, mesmo recluso em sua casa, ainda tenha alguma qualidade de vida.

E, então, Mick estreou e viveu o primeiro ano. A mãe esteve junto em boa parte da temporada, Mick foi superior ao companheiro - o possível numa equipe que apresentou de longe o pior carro do grid. As grandes notícias, porém, foram mesmo aquelas do documentário. Primeiro, o filme em si, uma carta de amor a Michael, e as declarações da família. Foram as maiores dos últimos anos e, provavelmente, as últimas relevantes em muito tempo.

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