Turistas "invadem" Mônaco para GP, e moradores aproveitam

Segundo menor país do mundo, só perdendo em tamanho para o Vaticano, Mônaco tem uma capital e uma língua própria. Com área inferior a 2 km², é cercado pela França e pelo mar Mediterrâneo, e fica próximo da fronteira italiana. São muitos os atrativos que levam ricos e famosos a transformar Mônaco em sua casa. Quem chega ao principado parece estar em um clube privado, onde só os privilegiados entram, e os demais - no caso, os turistas - aparecem de vez em quando. Especialmente para o Grande Prêmio de Fórmula 1.

Luc Bernard, um francês natural de Paris e que reside no principado desde 1987, é fã de automobilismo e já se acostumou com os turistas que "invadem" Mônaco na semana do GP. "A maioria das pessoas não fica aqui, prefere as cidades vizinhas para se hospedar. Então a cidade fica cheia, mas, na maior parte do tempo, dá para circular. Somente nos treinos e na corrida é que fica tumultuado".

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Segundo ele, a maioria dos moradores da cidade não se aborrece com a mudança na rotina por causa da corrida. "Quem mora em Mônaco é um privilegiado em vários aspectos. Então, não podemos reclamar dos turistas que estão aqui para aproveitar a corrida. São apenas alguns dias, depois eles vão embora. Aqueles moradores que não gostam dessa agitação saem daqui na época da corrida. Mas antes alugam suas casas e apartamentos, porque ninguém é bobo de deixar de ganhar um dinheiro", disse Bernard, rindo da situação.

Um dos moradores mais famosos de Mônaco era o brasileiro Ayrton Senna. Bernard lembra de ter visto o piloto passeado de moto pela cidade. "Ele estava sempre por aqui, entre uma corrida e outra. Ficamos muito comovidos quando o acidente aconteceu. Senna era especial, e Mônaco sempre foi a sua segunda casa", comentou.

O francês também revelou para quem será sua torcida na prova deste domingo. "Gosto do Alonso, mas o Hamilton vai ganhar. E eu vou assistir da minha janela", brincou.