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Uma dominância da Red Bull pode ser ruim para a F1? Não

Embora o desempenho da Red Bull assuste neste início, a F1 pode usar esta situação a seu favor e resolver uma situação que lhe incomoda...

14 abr 2023 - 11h52
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Perez e Verstappen no Bahrein. A Red Bull vencendo tudo pode ser ruim? Não
Perez e Verstappen no Bahrein. A Red Bull vencendo tudo pode ser ruim? Não
Foto: Red Bull Content Pool

Acabamos de ter 3 etapas da temporada 2023 e não são poucas as vozes de que o jogo está jogado e que a Red Bull deve levar esta temporada com facilidade. Ao fim do GP do Bahrein até foi atribuída uma frase a George Russell dizendo que os taurinos devem ganhar todas as provas do campeonato.

Diante do desempenho demonstrado até aqui, é para se perguntar se isso é realmente possível. O número da McLaren em 1988 segue ainda imexível (93,75% de aproveitamento). Mas a Red Bull vem simplesmente sobrando, com um RB19 simplesmente matador (abordamos dois aspectos dele aqui: peso e DRS).

Muitos se preocupam caso este cenário venha a se concretizar de um possível desinteresse do publico por conta de um mesmo vencedor e de uma dominância taurina. Claro que a Liberty Media vê estes dados com certa preocupação.

Isso fica aparente quando vem uma declaração de Stefano Domenicali, CEO da F1, dando conta que uma dominância na F1 pode não sei algo necessariamente ruim para os fãs mais novos, mas afastaria os mais antigos.

A preocupação vale sim, pois, embora a F1 queira se manter em evidência e sabe que não pode somente contar com uma nova audiência que, embora mais jovem, é ao mesmo tempo menos fiel. Que se liga mais nas redes sociais e no streaming (para se ter ideia, a visitação inicial da 5ª temporada do Drive To Survive teve um aumento em relação à anterior, especialmente nos Estados Unidos) do que nos meios tradicionais.

Tanto que, como até falamos antes, o crescimento da F1 tem sido explosivo nas redes sociais e no engajamento, mas que a audiência televisiva tem se mantido estável (falamos nisso aqui). Uma dominância deste tipo poderia ajudar a espantar o público. Entretanto, este não é um ponto fora da curva.

A questão é que, se olharmos a história da F1, veremos que principalmente a partir da década de 80, a categoria é construída por dominâncias. A partir dos anos 2000 é que a situação piora até chegar ao ponto de que tivemos apenas 2 equipes vencendo campeonatos nas duas últimas décadas.

E não estamos falando somente de equipes, mas também de pilotos. Tivemos até pouco tempo o controle por parte de Lewis Hamilton. Nos dois últimos anos, temos a figura de Max Verstappen se consolidando como um novo dominador da F1.

Aqui, poderia ter a resolução de uma questão que virou pergunta em reunião de investidores: quem vai substituir Hamilton como figura de proa da F1? Até falamos nisso quase 2 anos atrás e era um momento em que vários nomes apareciam. Deles, Verstappen surge como o mais fulgurante.

Não só pelos resultados de pista, mas também pelo lado mercadológico. Em levantamento feito algum tempo atrás pela F1 nas redes, Verstappen foi escolhido o piloto mais popular da categoria, especialmente entre os mais jovens. Em uma visão em que a categoria quer ampliar e renovar seu público, isso soa como uma bela sinfonia.

Desta forma, a dominância da Red Bull não seria algo tão ruim. O que a F1 e até mesmo os fãs gostariam seria de ver alguma outra equipe disputando a liderança com os taurinos ou até mesmo a briga interna entre Verstappen e Perez, no mesmo molde de Senna x Prost (1988/89) ou até mesmo Hamilton x Rosberg (2016).

O que a Liberty Media agora tem que fazer é tentar jogar as circunstâncias a seu favor. Já que conseguiram construir algumas narrativas com sucesso, é hora de suas o quadro atual para tentar vender a situação como histórica e consolidar Verstappen como seu novo rosto e ir promovendo a “troca de guarda”.

Não entendam isso como uma “passada de pano” para a situação atual. Como fã, quero ver alternância e disputas na pista. Mas é preciso ter realismo e se colocar na situação de quem está no controle e vê a coisa de forma mais ampla...

Parabólica
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