Verstappen critica excesso de pistas de rua na F1: "Carros não foram feitos para isso"
Max Verstappen conversou com Stefano Domenicali, chefão da Fórmula 1, e externou suas preocupações com os planos de expansão da categoria e a quantidade de circuitos de rua
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Com planos de expansão em andamento, a Fórmula 1 planejou a maior temporada de sua história para 2022, com 23 corridas. A Rússia foi retirada do calendário devido à invasão na Ucrânia, mas a categoria já se move para encontrar uma substituta para a data. Além disso, uma estreia já está programada para este ano, em Miami, e outra para o ano que vem, em Las Vegas — ambas nos Estados Unidos.
O plano executa um dos objetivos mais fortes do Liberty Media quando assumiu o controle da Fórmula 1: se tornar mais presente no mercado americano. Com recorde de público em Austin no ano passado — 400 mil pessoas estiveram no Circuito das Américas ao longo do final de semana —, a F1 passará a ter três corridas por ano nos EUA.
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GP de Miami vai estrear na F1 em 2022 (Foto: Hard Rock Stadium)
Campeão mundial no ano passado, Max Verstappen opinou sobre o assunto após uma conversa com o chefão da F1, Stefano Domenical, acerca do assunto. Para o neerlandês, a tradição de alguns circuitos precisa permanecer na categoria, e isso precisa ser equilibrado com o lado financeiro da situação.
"É claro que eles precisam fazer dinheiro e tentam tornar o esporte mais popular", reconheceu Verstappen em entrevista ao jornal neerlandês De Telegraaf. "Mas também é importante que as pistas certas permaneçam no calendário e não irmos apenas a circuitos de rua dentro das cidades", explicou o atual campeão.
Além da estreia de Las Vegas, a temporada de 2023 ainda promete o retorno do GP da China e a estreia do GP do Catar como etapa permanente pelos próximos dez anos. A F1 até correu em Losail no ano passado pela primeira vez em sua história, mas a pista foi utilizada como substituição ao GP da Austrália — que só retorna neste final de semana após dois anos de ausência.
Catar estreou na F1 no ano passado e vai passar a fazer parte do calendário oficialmente a partir de 2023 (Foto: Scuderia Ferrari)
Desta forma, com o inchaço do calendário, é possível que alguma corrida atualmente presente fique de fora no ano que vem. Verstappen reconhece que os investidores precisam ser ouvidos, mas argumentou que até mesmo o tamanho dos carros impede tantas corridas em pistas de rua como Miami e Las Vegas.
"No final das contas, esses carros não foram feitos para isso", opinou o piloto da Red Bull. "Ele [Domenicali] entende isso, mas ele também precisa levar em consideração a opinião de seus acionistas. Não será mais como era antes, o entretenimento está se tornando mais importante", finalizou.
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