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Vettel admite negociação com Mercedes, mas explica recusa: "Comprometido com Ferrari"

Mas segundo 'Seb', nada passou da fase de conversas informais com Niki Lauda — então presidente não-executivo da equipe alemã

29 dez 2022 - 05h31
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Juntos, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel colecionam 11 títulos da Fórmula 1
Juntos, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel colecionam 11 títulos da Fórmula 1
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

Já imaginou Lewis Hamilton e Sebastian Vettel juntos na Mercedes, na época em que o heptacampeão mundial empilhava título atrás de título? Pois bem. Não que isso chegou perto de acontecer, mas a possibilidade, sim, existiu. E quem admitiu isso foi o próprio alemão.

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Em entrevista ao podcast Beyond the Grid, o agora ex-piloto de Fórmula 1 revelou que chegou a conversar com a Mercedes, na figura de Niki Lauda, mas as negociações não passaram de uma fase embrionária. Motivo? O comprometimento de 'Seb' com a Ferrari, seu então time.

"Talvez a oportunidade tenha existido. Falei com Niki sobre, mas para ser sincero, (conversa sobre negociação) foi no meio do meu período com a Ferrari. Obviamente teria sido um grande negócio, porque Lewis era o piloto número 1 deles — e não tenho certeza de que eles gostariam de ter nós dois no time. Mas também não me interessei muito na época, porque estava muito comprometido com a Ferrari", detalhou Vettel.

Lewis Hamilton e Sebastian Vettel: já pensou nos dois juntos na Mercedes?
Lewis Hamilton e Sebastian Vettel: já pensou nos dois juntos na Mercedes?
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

"Era meu sonho fazer aquilo (Ferrari) funcionar. Você acaba conversando (com a Mercedes), mas não foi nada sério. Teria sido um grande desafio (ser companheiro de equipe de Hamilton), e acho que eu iria gostar disso, mas não era para ser. Naquela época, como eu disse, meu foco estava em vencer com a Ferrari. Não queria mudar de time e vencer com a Mercedes. Não era para ser, e estou tranquilo com isso", complementou.

Vettel e Hamilton, que travaram intenso duelo pelo título em 2017 e 2018 — com vantagem para o britânico nas duas ocasiões —, vivenciaram o ápice da rivalidade justamente em 2017, no GP do Azerbaijão.

Em Baku, o safety-car encontrava-se na pista. Hamilton, então líder, freou excessivamente — na visão do heptacampeão mundial, para abrir espaço e aquecer os pneus. Vettel vinha logo atrás e bateu na traseira do piloto da Mercedes por conta da desaceleração. Resposta do então piloto da Ferrari, que achou o movimento proposital? Colocar seu carro ao lado de Hamilton, gesticulando e jogando o bólido para cima do rival.

Vettel foi punido pela manobra e, também ao podcast, falou sobre como tal momento aproximou ainda mais os dois rivais.

"Eu fiquei muito chateado. Foi um daqueles momentos onde as coisas não aconteceram do meu jeito. E por estar chateado, talvez o lado emocional tomou conta demais. Mas acho que, na verdade, aquele foi um momento crucial — porque poderia ter nos afastado ou nos aproximar. E nos aproximou", disse.

"Refleti e pensei sobre o que aconteceu. E por mais que eu tenha sentido naquele momento que era injusto, o que eu fiz não foi certo. Queria demonstrar isso a ele, falar para ele, mas obviamente estávamos de capacetes, e é difícil se comunicar assim. Então aquela foi minha maneira de me expressar. Mas também vejo que a forma não foi a correta, nem o jeito", finalizou Vettel.

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