Script = https://s1.trrsf.com/update-1729514441/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Vettel se diz "chocado" com invasão da Ucrânia e já descarta correr GP da Rússia

Além do tetracampeão mundial, Max Verstappen afirmou que "se um país está em guerra, não seria certo correr lá". Charles Leclerc e Fernando Alonso também abordaram o assunto

24 fev 2022 - 10h43
(atualizado às 11h07)
Compartilhar
Exibir comentários
Sebastian Vettel adotou postura firme com relação ao conflito no leste europeu
Sebastian Vettel adotou postura firme com relação ao conflito no leste europeu
Foto: Aston Martin / Grande Prêmio

COMO FOI O PRIMEIRO DIA DA PRÉ-TEMPORADA DA FÓRMULA 1 2022 EM BARCELONA | Briefing

Os pilotos da Fórmula 1 manifestaram, nesta quinta-feira (24), o desejo de não disputar o GP da Rússia previsto no calendário. O motivo é a invasão do território da Ucrânia por parte da Rússia na última madrugada e que, agora, constitui a mais grave crise militar da Europa envolvendo uma potência nuclear e a uma das maiores desde a Segunda Guerra Mundial. As declarações foram dadas em entrevista coletiva oficial da FIA, concedida após a primeira parte do segundo dia de testes coletivos em Barcelona, pela pré-temporada da F1. O mais contundente foi Sebastian Vettel, que deixou claro: não vai correr mesmo que haja o evento em Sóchi.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

F1 promete "monitorar" conflito na Ucrânia antes de definir sobre GP da Rússia

O tetracampeão mundial se disse "chocado" pela invasão russa e deixou claro o posicionamento em relação ao GP local, marcado para o dia 25 de setembro deste ano.

"É horrível ver o que está acontecendo. Se você olhar para o calendário, temos uma corrida marcada na Rússia. Falo por mim: eu não devo ir e eu não irei. É errado correr lá. Pessoas estão sendo mortas por razões estúpidas. Uma liderança muito estranha e raivosa", revelou Vettel, ao se referir a Vladimir Putin, presidente da Rússia.

"Isso é algo sobre o qual ainda vamos conversar, mas a GPDA [Associação de Pilotos] ainda não se reuniu. Pessoalmente, estou chocado e triste com o que está acontecendo. Nós vamos ver o que acontece daqui para frente. Já tomei minha decisão", continuou.

Alemão já descartou correr em Sochi, no mês de setembro (Foto: Aston Martin)

Na mesma entrevista coletiva, Max Verstappen - atual campeão mundial - concordou com a visão de Vettel. É a primeira vez desde que chegou à F1 que o holandês toma uma posição mais firme com relação a questões de cunho político.

"Se um país está em guerra, não seria certo correr lá", resumiu o holandês. "Mas não é só o que eu acho. O paddock todo tem de decidir o que faremos em seguida", declarou.

Outros pilotos presentes na entrevista falaram sobre o assunto, mas não com a contundência de Vettel e Verstappen. Charles Leclerc afirmou estar "triste de ver algo assim acontecer em 2022", mas evitou dar uma opinião sobre conflito no leste europeu.

Paddockast #137 | O que aprendemos com os lançamentos dos carros da F1 2022?

"Não tenho todas as informações do que está acontecendo. Nós tomaremos uma decisão, penso que a Fórmula 1 irá provavelmente tomar uma decisão logo. Não posso me manifestar além disso, honestamente não tenho todas as informações sobre o assunto", disse.

Fernando Alonso seguiu a mesma linha de declaração do monegasco da Ferrari, mas ressaltou o poder de decisão dos pilotos - independentemente da postura a ser adotada pela administração da Fórmula 1.

"Eventualmente, vai ser uma decisão tomada pela Fórmula 1 [se corre ou não]. Acho que todos nós temos opiniões e elas são as mesmas de todos os outros, mas não temos o poder de decidir. Nós conseguimos tomar nossas próprias decisões individuais, com certeza, mas penso que a F1 irá fazer o melhor", afirmou o espanhol.

GRANDE PRÊMIO cobre in loco a primeira semana de testes da Fórmula 1 no Circuito de Barcelona-Catalunha com Eric Calduch. Além disso, o GP acompanha tudo AO VIVO e EM TEMPO REAL.

Verstappen também se posicionou (Foto: Red Bull Content Pool)

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia (e os motivos para o posicionamento contundente de Sebastian Vettel):

A tensão entre Rússia e Ucrânia coloca todo o continente europeu em alerta e respinga também no ambiente esportivo. Por isso, mais cedo pela manhã desta quarta-feira (24), a Fórmula 1 emitiu um curto e pouco aprofundado comunicado sobre a situação do GP da Rússia.

"A Fórmula 1 está acompanhando de perto os constantes desenvolvimentos e, neste momento, não possui comentários sobre a corrida marcada para setembro. Vamos continuar monitorando a situação", afirmou a nota enviada pela F1 aos jornalistas presentes em Montmeló-Barcelona.

Na última segunda-feira (21), o presidente russo Vladimir Putin reconheceu, em decreto, a independência das províncias separatistas de Donetsk e Luhansk. O movimento gerou sanções da União Europeia e dos Estados Unidos ao governo e a empresas do país, aumentando também o medo de um confronto na região.

GP da Rússia é disputado em Sochi desde 2014 (Foto: Reprodução/F2)

Nesta quinta-feira (24), a tensão escalou de vez no leste europeu, já que a Rússia atacou a Ucrânia em um movimento classificado por Kiev como uma "invasão total". Às 5h45 [23h45 de quarta-feira, no horário de Brasília], Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou em um pronunciamento uma "operação militar especial" para "proteger a população do Donbass", uma área de maioria étnica russa no leste ucraniano.

O comando militar russo alega que "armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas da Ucrânia". De acordo com a rede britânica BBC, há relatos de tropas cruzando diversos pontos da fronteira e explosões perto das principais cidades do país ― não só em Donbass, onde grupos separatistas foram reconhecidos pela Rússia.

Sochi recebe a F1 desde 2014 e faz sua última aparição em 2022 (Foto: Bryn Lennon/Getty Images/Red Bull Content Pool)

Na TV, Putin afirmou que a Rússia não planeja uma ocupação da Ucrânia, mas ameaçou com uma resposta "imediata" qualquer um que tente interromper a operação atual. O mandatário russo recomendou que os soldados ucranianos se rendam e voltem para casa. "Do contrário, a própria Ucrânia seria culpada pelo derramamento de sangue", considerou Putin.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky decretou lei marcial em todo o país, instaurando regime de guerra e convocando grande parte dos reservistas das forças armadas. Nas últimas horas, são inúmeras imagens de cidadãos ucranianos tentando fugir da capital Kiev de carro ou utilizando transporte público, mas o trânsito está bastante engarrafado. Há filas em caixas eletrônicos e supermercados. Segundo autoridades ucranianas, há ao menos sete mortos e 19 desaparecidos até agora.

FÓRMULA 1 2022: O QUE O PRIMEIRO DIA DE TESTES REVELOU? E NO QUE FICAR DE OLHO

Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.
Grande Prêmio
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade