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Hamilton quer confirmar domínio para se tornar o maior campeão da história da Fórmula 1

Inglês corre hoje pelo seu oitavo título na categoria, o quinto seguido, e aumentar ainda mais as marcas que detém nas pistas

12 dez 2021 - 05h11
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Se Max Verstappen busca seu primeiro título na Fórmula 1, Lewis Hamilton persegue algo mais grandioso hoje, no GP de Abu Dabi. O inglês terá a chance de conquistar seu oitavo título mundial, o que o tornaria o maior campeão da história da categoria. Ele desbancaria ninguém menos que Michael Schumacher, cujos sete troféus eram considerados quase impossíveis de serem superados até pouco tempo atrás.

Trata-se de uma chance de ouro para Hamilton num dos campeonatos mais difíceis que já disputou na F-1. A temporada 2021 só não é tão complicada quanto a de 2008, quando faturou seu primeiro título literalmente na última curva da corrida final do ano, em Interlagos. Na ocasião, ultrapassou o alemão Timo Glock pouco antes da reta dos boxes para chegar em quinto lugar e ficar apenas um ponto à frente do brasileiro Felipe Massa na classificação geral.

Desde então, muita coisa mudou na trajetória do inglês. Em 2013, passou a defender a Mercedes. No ano seguinte, iniciou sua hegemonia na categoria, interrompida apenas em 2016 pelo então companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg. Hamilton foi campeão em 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020. No momento, acumula quatro troféus seguidos.

Se o quinto consecutivo vier, o inglês será o maior dono de títulos da história da F-1. Para alguns, será inevitável considerá-lo o maior de todos os tempos, superando status que hoje pertencem a lendas como Ayrton Senna e o próprio Schumacher.

RECORDES

Ao menos nos números, será difícil contestar o novo status que Hamilton poderá exibir. O inglês já detém os principais recordes da categoria. Tem o maior número de vitórias (103), pole positions (103) e pódios (181). Com 287 GPs nas costas, exibe ainda um aproveitamento incrível. Ele venceu 35,89% de todas as provas que disputou na F-1, novamente à frente das maiores lendas do campeonato. Se for campeão, terá também o recorde de títulos.

Mas a busca pelo oitavo troféu não será fácil. Hamilton enfrentou uma das temporadas mais duras de sua carreira, em que a Mercedes, ao contrário dos últimos anos, não tinha o melhor carro do grid. O inglês chegou a estar 32 pontos atrás de Verstappen no campeonato após o GP da Áustria, a nona de 22 etapas do ano.

No entanto, fez valer o seu talento e maior experiência para encostar no líder. Na base da superação, Hamilton suou para vencer as últimas três corridas e empatar com o holandês em 369,5, algo raríssimo na história da F-1 às vésperas de uma disputa de título. O rival, no entanto, chega a Abu Dabi com ligeira vantagem. Tem nove vitórias, contra oito do piloto da Mercedes. Portanto, se ambos não somarem pontos no domingo, o troféu cai no colo de Verstappen.

JOGO SUJO

Essa possibilidade se tornou o grande assunto da semana em razão da postura mais agressiva do holandês nas pistas. Foram seguidos embates, batidas e incidentes com Hamilton ao longo do ano. Os confrontos se tornaram polêmicas diante das confusas sinalizações dos comissários da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que inocentou Verstappen por uma manobra controversa no GP do Brasil e o puniu por movimento muito semelhante na Arábia Saudita.

A falta de critérios da FIA gerou burburinho intenso sobre a possibilidade de o piloto da Red Bull tirar proveito destes critérios mais frouxos para acertar o rival e tirá-lo da corrida na primeira oportunidade. As expectativas aumentaram quando Jos Verstappen, pai de Max, disse que o filho faria o que "fosse necessário" para ser campeão. Um dia depois, o piloto repetiu a frase do pai.

Por precaução, a FIA se manifestou na quinta-feira para alertar os postulantes ao título sobre qualquer manobra para prejudicar o rival na pista do Circuito de Yas Marina. A entidade avisou que poderia até retirar pontos dos pilotos na classificação geral.

Estadão
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