IndyCar: Thermal Club – Treinos Livres Movimentados
A pista, que aparece pela primeira vez no calendário oficial da IndyCar, promete muito drama com o gerenciamento de pneus após os treinos.
O fim de semana do Thermal Club IndyCar Grand Prix, disputado no exigente circuito de 3,067 milhas e 17 curvas na Califórnia, começou com Alex Palou e Christian Lundgaard mostrando força em meio a um cenário dominado por alta degradação de pneus e condições desafiadoras. Com sessões de treinos marcadas por interrupções, estratégias conservadoras e um traçado que castiga os compostos da Firestone, a etapa promete uma corrida de 65 voltas no domingo, cheia de variáveis táticas.
Na sexta-feira, Palou, pilotando o Honda #10 da Chip Ganassi Racing, liderou a primeira prática com um tempo de 1m40.5486s, seguido de perto pelos carros da Andretti Global. Kyle Kirkwood (#27) ficou a apenas 0.0901s, com Marcus Ericsson (#28) e Colton Herta (#26) completando um quarteto dominante da Honda nas quatro primeiras posições. O melhor carro com motor Chevrolet foi o de Christian Rasmussen (#21, Ed Carpenter Racing), em quinto, enquanto Pato O’Ward (#5, Arrow McLaren) fechou o top 6.
A sessão inicial foi marcada por longas pausas, com equipes optando por poupar pneus para sábado e domingo, além de duas bandeiras vermelhas. A primeira foi causada pelo novato Robert Schwartzman (#83, PREMA Racing), que parou na pista com chamas saindo da traseira de seu Chevrolet devido a um problema no powertrain. Mais tarde, Devlin DeFrancesco (#30, Rahal Letterman Lanigan Racing) também causou uma interrupção ao parar na Curva 1, precisando ser removido por um guincho. Apesar do ritmo intermitente, Palou manteve sua marca até o fim, enquanto Herta superou Felix Rosenqvist (#60, Meyer Shank Racing) no Grupo 1 nos instantes finais.
No sábado, foi a vez de Christian Lundgaard, da Arrow McLaren, assumir o topo na segunda prática com 1m40.6421s no Chevrolet #7. Palou ficou em segundo, a 0.4826s, com Ericsson em terceiro, consolidando a força da Andretti. Marcus Armstrong (#66, Meyer Shank Racing), O’Ward e Will Power (#12, Team Penske) completaram os seis primeiros. A PREMA, após perder quase toda a sexta-feira com o incêndio no carro de Schwartzman, trabalhou durante a noite e conseguiu colocar um chassi reserva na pista para uma volta de instalação no fim da sessão.
Pneus: O Protagonista Inesperado
A grande história do fim de semana até agora é a degradação dos pneus, apelidada por O’Ward como um “ralador de queijo”. Com chuvas recentes limpando a borracha acumulada no traçado, o grip é baixo, e os compostos primários (banda preta) e alternativos (banda vermelha) da Firestone sofrem desgaste acentuado.
“A degradação vai ser grande. Parece uma Iowa antiga, mas em um circuito misto”, disse O’Ward, comparando à pista oval conhecida por castigar pneus.
Herta acrescentou:
“A falta de aderência geral e o desgaste rápido tornam difícil completar uma volta limpa. Os vermelhos duram uma ou duas voltas no máximo para a classificação.”
As equipes fizeram poucos long runs na sexta-feira, com stints curtos de três a cinco voltas nos pneus primários e uma ou duas rápidas nos alternativos. Para a corrida de domingo, espera-se que os pneus primários precisem durar entre 10 e 15 voltas por stint, o que ainda é uma incógnita. A estratégia de pit stops e a gestão dos compostos serão cruciais, especialmente com o calor intenso sob o céu azul da Califórnia, amplificando o desafio.
A IndyCar retorna à pista ainda neste sábado, às 18h (horário de Brasília), para a classificação da prova de amanhã.