Lucas di Grassi fala sobre a Fórmula E e mobilidade elétrica
Piloto brasileiro explica detalhes da categoria; São Paulo terá corrida no próximo dia 25
Um dos principais pilotos da Fórmula E, Lucas di Grassi também parece empenhado em divulgar a corrida de carros elétricos ao público brasileiro, que ainda se ambienta com a competição e agora tem a oportunidade de ir ao E-Prix de São Paulo, no próximo dia 25 de março.
O automobilista de 38 anos está presente na Fórmula E desde o início, em 2014, quando a competição ainda era uma simples ideia esboçada pelos fundadores Alejandro Agag e Alberto Longo. Ele, curiosamente, vai competir em casa, afinal, é paulistano.
“Para quem não conhece a categoria, posso dizer que a Fórmula E é a Fórmula 1 com motores elétricos. Eu ajudei a criar a categoria desde o início, estou na Fórmula E desde o primeiro dia em que ela foi criada, e estamos falando de uma competição jovem, principalmente quando comparada a Fórmula 1”, comentou ao "Flow Podcast", apresentando o mundial de uma forma mais simples para o público que estava assistindo.
“A Fórmula E foi criada para acelerar o desenvolvimento da tecnologia dos carros elétricos. O turbo que você tem no seu carro, o cinto de segurança, o espelho retrovisor, freio a disco, tudo isso foi desenvolvido na Fórmula 1. A Fórmula E é a mesma coisa para os carros elétricos”, completou o piloto da Mahindra Racing.
Para explicar o quanto a categoria evoluiu no campo tecnológico, Grassi comentou sobre a capacidade da nova geração de monopostos da Fórmula E, o GEN3, o carro mais rápido, leve, potente e eficiente já construído.
“Hoje o motor elétrico é muito mais forte do que o motor a combustão. O Fórmula E atual faz de 0 a 100 em dois segundos. O peso dos carros é semelhante ao de um carro da Fórmula 1, a capacidade é de 800cv, porém no momento só podemos usar 450cv, senão fica muito perigoso correr nos circuitos de rua, e mesmo assim chega a 300 km/h”, explicou o piloto.
“E como não temos aerofólio, então temos menos downforce. E isso é um desafio, pois é muito mais difícil guiar um carro sem downforce, pois o carro está sem tração a todo momento. Em termos de velocidade e potencia, um carro de Fórmula E e de Fórmula 1 são bem parecidos, e em tempo de volta o Fórmula E é um pouco mais lento, porque um F1 chega a dar 5G de grip em uma curva e não chegamos nem perto disso.”, completou.