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Mulheres e esporte a motor: a longa jornada pela participação

Nos últimos anos, muito se faz para que as mulheres façam parte do esporte a motor. Embora obstáculos ainda apareçam, não se volta atrás

8 mar 2023 - 17h05
(atualizado às 17h18)
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A última turma da W Series em 2022: uma das tentativas de incentivo às mulheres no automobilismo
A última turma da W Series em 2022: uma das tentativas de incentivo às mulheres no automobilismo
Foto: W Series / Instagram

Não vai muito longe o tempo em que papel de mulher no esporte a motor era de simples adorno. Embora uma mulher tenha tido um papel importantíssimo no desenvolvimento do automóvel no seu início (sugiro procurar a história de Bertha Benz), sempre foi um elemento totalmente marginal no processo.

Ganhar espaço foi um trabalho lento, porém sem volta. Algumas iniciativas aconteceram na década de 60 e 70, inclusive chegando na F1 ( a única mulher que pontuou foi Lella Lombardi, em 1975). Outras categorias também tiveram mulheres no comando, como Janeth Guthrie na Indy e Michele Mouton no Rally. Porém, complicado.

Lella Lombardi no GP da Espanha de 1975 em busca de seu ponto na F1
Lella Lombardi no GP da Espanha de 1975 em busca de seu ponto na F1
Foto: Twitter / Divulgação

Mas não podemos ignorar a força da mulher nos bastidores: Se não fosse a ajuda de sua noiva e depois esposa Hazel, Colin Chapman teria muito mais trabalho para fundar a Lotus. A história de Virginia Williams em relação a Frank Williams é outro exemplo de que, sem a participação feminina, não teríamos certas situações.

Aos poucos, as mulheres foram chegando em outros campos. Inicialmente, ligadas à área de comunicação. Posteriormente, chegaram na parte de logística, materiais e engenharia. E chegamos ao ponto de termos mulheres no comando de equipes, especialmente na F1.

Peter Sauber e Carmen Ziegler: a alemã foi a primeira chefe de equipe na F1 em 1993
Peter Sauber e Carmen Ziegler: a alemã foi a primeira chefe de equipe na F1 em 1993
Foto: Twitter / Divulgação

Mas e mulheres na pilotagem? Os esforços pontuais apareceram em vários locais.  Mas o apelo de imagem era mais levado em consideração do que o talento em si. Talvez o caso mais emblemático foi o de Danica Patrick, que competiu na Indy e na NASCAR e, por mais que mostrasse desempenho, muitos se empolgavam com a sua beleza.

A questão é: o que fazer para ter mais mulheres pilotando e se envolvendo com o esporte a motor? Ainda é forte a visão de que “carro não é coisa de menina” entre muita gente e este é um fator que trava. Nem entrar o problema do custo, que o esporte a motor não é algo barato...

Temos várias iniciativas para este incentivo. Várias equipes procuram programas de inclusão em seus quadros, envolvendo não só mulheres, mas pretos e outras minorias. A FIA estruturou um programa chamado “Girls On Track”, que procura levar meninas para conhecer o esporte a motor e desenvolver talentos em conjunto com a Ferrari. Havia a W Series, uma categoria voltada para ajudar a melhorar o nível das pilotas, mas que não se sabe ainda se seguirá por questões financeiras.

O programa Girls on Track da FIA tem procurado identificar talentos em conjunto com a Academia da Ferrari
O programa Girls on Track da FIA tem procurado identificar talentos em conjunto com a Academia da Ferrari
Foto: FIA / Divulgação

A F1 tentou entrar nesta onda ao anunciar a criação da F1 Academy, que seria equivalente a F4, mas voltada somente para mulheres. Ainda se há uma dúvida muito grande da efetividade desta iniciativa, que será comandada por Susie Wolff, ex-pilota e chefe de equipe da Venturi (atual Maserati) na F-E. Mas a categoria tenta fazer sua parte.

Temos ações em outras categorias, embora se discuta se vale a pena fazer uma segregação das pilotas, tal como a W Series e a F1 Academy, ou partir para a inclusão. A atual pilota da F3, Sophia Floersch, nunca foi favorável a estas categorias exclusivas. Outras mulheres também pensam desta forma e não estão erradas. A ExtremeE exige que as equipes tenham um piloto e uma pilota.

O importante é que a quantidade vai aumentando em vários lugares e não somente no automobilismo, mas temos exemplos na motovelocidade (Ana Carrasco é um deles). Para o bem do esporte, é mais do que necessário que venham as mulheres não só do lado de fora, mas também no volante. Que não fiquem somente nas telas e arquibancadas.

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