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Nelson Piquet participa de ato bolsonarista e pede 'Lula no cemitério'; veja vídeo

Apoiador de Bolsonaro, tricampeão de F-1 comparece a ato contra a derrota do presidente na disputa para a reeleição: ex-piloto chegou a ajudar na campanha

3 nov 2022 - 10h40
(atualizado às 11h51)
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O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet, de 70 anos, participou das manifestações bolsonaristas contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na disputa à reeleição. Um vídeo do tricampeão mundial de Fórmula 1 ao lado de um apoiador do presidente começou a circular nas redes sociais na tarde desta quarta-feira.

"Vamos botar esse Lula filho de uma p* para fora", diz Piquet no vídeo. Ao fim da gravação, o eleitor de Bolsonaro repete o lema do presidente, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", e o ex-piloto completa a frase dizendo "E o Lula lá no cemitério", seguido de um palavrão. Piquet é um dos esportista do Brasil que declararam posição nas eleições para presidente, assim como Neymar.

Nelson Piquet participa de manifestação bolsonarista e pede 'Lula no cemitério'
Nelson Piquet participa de manifestação bolsonarista e pede 'Lula no cemitério'
Foto: Reprodução

Piquet chegou a fazer uma doação de R$ 501 mil para a campanha de Bolsonaro. A informação, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), veio a público no fim de agosto, transformando o corredor e empresário no maior doador "pessoa física" da campanha do presidente à época.

Ainda em agosto, a empresa de Piquet, a Autotrac Comércio e Comunicações, recebeu um aditivo de cerca de R$ 6,6 milhões, correspondente a um contrato assinado em 2019, sem licitação, com o Ministério da Agricultura, já no governo atual. A parceria veio apesar de a empresa dever R$ 6,3 mil em impostos.

Racismo

Recentemente, Nelson Piquet foi flagrado usando um termo racista para se referir a Lewis Hamilton, em um vídeo de 2021 que circulou nas redes sociais e ganhou repercussão somente neste ano. Na gravação, é possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de "neguinho" ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen — namorado de sua filha, Kelly Piquet — durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra.

Na ocasião, Piquet ainda comparou a batida entre os pilotos da Mercedes e da Red Bull com a polêmica colisão de Ayrton Senna e o francês Alain Prost, principal rivalidade da Fórmula 1 no passado. O caso de Senna ocorreu na largada do GP do Japão, em 1990, que garantiu o título daquele ano ao brasileiro. "O Senna não fez isso. O Senna saiu reto", comparou.

Em julho, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal recebeu uma ação civil pública contra Piquet pelos comentários racistas e homofóbicos direcionados a Lewis Hamilton, que estará em Brasília neste mês sendo homenageado. O documento foi protocolado por quatro entidades, que pediram uma indenização no valor de R$ 10 milhões ao tricampeão brasileiro.

Estadão
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