Nissan e Mahindra admitem desejo de fornecer motor para equipes clientes na Fórmula E
Com diversas equipes da Fórmula E em busca de um fornecedor de motor para 2023 e Jaguar fora do bolo, Mahindra e Nissan querem ser as próximas produtoras de trem de força do grid
MERCEDES APRESENTA W13, CARRO PARA A TEMPORADA 2022 DA FÓRMULA 1 | React
Após a confirmação do acordo entre Envision e Jaguar, em que a equipe de Sam Bird e Mitch Evans vai produzir os trens de força para Robin Frijns e Nick Cassidy, Nissan e Mahindra querem ser os próximos fornecedores de motor da Fórmula E. Recentemente, dirigentes das duas equipes deram declarações no sentido de que estão abertos a conversar, mas que ainda não encontraram clientes.
Diretor global de automobilismo da Nissan, Tommaso Volpe afirmou que a equipe estaria procurando uma parceria no grid da Fórmula E. Predecessora da montadora japonesa na categoria, a francesa Renault possuía um vínculo de fornecimento para a Techeetah, inexistente nos dias atuais.
Uma das conversas recentes da Nissan envolveu McLaren e Mercedes, que vai deixar o grid da Fórmula E como equipe de fábrica ao final de 2022. No entanto, a equipe deu indicativos de que pretende permanecer na categoria — como levar os empregados da fábrica a Brackley, na Inglaterra — e negociou com o time de Woking sobre uma possível parceria.
Mahindra de Oliver Rowland também pode se tornar fornecedora de motor em 2023 (Foto: Envision)
Neste cenário, a Nissan seria a responsável por produzir o trem de força da aliança Mercedes-McLaren.
"É um longo processo", adiantou o dirigente, que reconheceu ter conversas em andamento. "Nós também olhamos para isso e temos diferentes opções. Não temos um acordo ainda, ou já teria sido anunciado", disse.
Pelo lado da Mahindra, o chefe Dilbagh Gill revelou que as negociações para fornecer outras escuderias já existe. O indiano ainda brincou sobre o assunto ao revelar que a Envision foi um dos times a sentarem para conversar com sua equipe, antes de optar pelo trem de força da Jaguar.
"Estaríamos abertos à possibilidade. Estamos em conversas com algumas [equipes] neste momento, mas nada está assinado", explicou. "E acho que nesse campeonato, estamos em um estágio em que qualquer fabricante vai começar a ser ligado a uma equipe cliente", opinou.
"Acho que existem benefícios fortes pelo lado esportivo e de desempenho", destacou Gill. "E adoraríamos tentar e ver se conseguimos chegar lá. Infelizmente, Sylvain [Filiippi, chefe da Envision] fez a escolha errada, mas é sua escolha", brincou.
Jaguar já fechou com a Envision e vai produzir os motores da equipe no ano de estreia do carro Gen3 (Foto: FIA Fórmula E)
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A Envision ainda usa o trem de força da Audi na temporada 2022, mas a fabricante já deixou a categoria e a equipe precisou trocar de fornecedor, fechando com a Jaguar. Andretti, Venturi e Mercedes vivem situação parecida: a primeira, fornecida pela BMW, também viu a marca alemã sair da Fórmula E ao final da temporada passada e precisa de um novo motor para a estreia dos carros Gen3 em 2023.
A Mercedes fabrica o próprio motor e o fornece à Venturi, em operação que não vai continuar no próximo ano. Desta forma, as duas equipes também se encontram em posição de procurar um novo fornecedor de motores. A Dragon deixará de ter trens de força produzidos pela Penske pela primeira vez em sete anos de Fórmula E e também busca uma fabricante para 2023.
Entre as que restaram no grid, ainda não ficou claro se NIO e Porsche estão interessadas em fornecer outras equipes da categoria. A Jaguar, por sua vez, já afirmou que não busca um segundo time cliente após fechar com a Envision. Por fim, a DS não confirmou oficialmente se seguirá produzindo motores para a Techeetah na Era Gen3.
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