Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

O que esperar de Gabriel Bortoleto na Fórmula 1 em 2025? Especialistas analisam

Piloto brasileiro foi anunciado nesta quarta-feira como titular da equipe Sauber-Audi a partir da próxima temporada

6 nov 2024 - 17h40
(atualizado às 18h22)
Compartilhar
Exibir comentários

O brasileiro Gabriel Bortoleto foi confirmado, nesta quarta-feira, como novo piloto titular da Sauber-Audi para a temporada 2024. O piloto terá uma dura missão em seu primeiro ano na Fórmula 1. Sua nova equipe não vem bem no campeonato e é a última colocada no mundial de construtores. O Estadão ouviu especialistas que analisaram as tarefas que o jovem piloto terá em 2025. Confira:

Lito Cavalcanti

Para Lito Cavalcanti, jornalista com décadas de experiência na cobertura de automobilismo e ex-comentarista do Grupo Globo, o maior desafio de Bortoleto será enfrentar as críticas que eventualmente ocorram caso ele não conquiste feitos semelhantes àqueles que tem obtido nas categorias inferiores.

"2025 pode ser o ano mais difícil da carreira de Bortoleto. Ao longo desses anos, Bortoleto conheceu todas situações a que o automobilismo expõe seus profissionais. A Sauber é hoje a equipe mais fraca da Fórmula 1, sem nenhum ponto nas 21 corridas já disputadas", afirma Lito.

Lito ainda afirma que Bortoleto tem tudo para ser o maior nome de sua geração na Fórmula 1. "Muitos acham que, uma vez na F-1, Bortoleto vai repetir os feitos da F-3 e da F-2, onde brilhou como estreante - não entendem a diferença entre o carro que ele vai guiar e os de Verstappen, Norris e companhia. Se sobreviver ao apedrejamento da ignorância - e acredito que sobreviverá -, Bortoleto tem tudo para se firmar como um dos grandes nomes de sua geração. Possivelmente o maior deles."

Wagner Gonzalez

O jornalista Wagner Gonzalez, com vasta experiência em cobertura de automobilismo e autor do blog "Conversa de Pista" do Estadão, concorda com a análise de Lito e reforça que as mudanças previstas para 2026 na Fórmula 1 podem fazer com que 2025 seja um ano muito semelhante, a nível de desempenho da Sauber, à atual temporada.

"Que não se espere de Gabriel Bortoleto os mesmos resultados que lhe deram o título internacional da F-3 em 2023 e o que o colocaram na liderança da F-2 este ano: absorvida pela Audi - que estreará oficialmente na F-1 em 2026 - a Sauber amarga uma de suas piores temporadas e não marcou nenhum ponto na atual temporada. Um carro novo para 2025 parece fora de cogitação, posto que em 2026 o regulamento técnico trará monopostos construídos sob novas especificações técnicas. Os próximos dois anos, portanto, serão de aprendizado para o piloto e para a nova estrutura do time que tem sede em Hinwill, na Suíça, e recentemente passou a ser comandado por Mattia Binotto, ex-líder da Ferrari na F-1?, diz Gonzalez.

"Por tudo e mais um pouco não se deve-se menosprezar a conquista de Bortoleto, que em tais circunstâncias poderá aprender sem a pressão para obter resultados magistrais", completa Gonzalez.

Felipe Motta

Para Felipe Motta, jornalista da ESPN e do site Motorsport, uma das metas de Bortoleto neste primeiro ano na Fórmula 1 tem de ser superar seu colega de equipe, o experiente alemão Nico Hülkenberg. "Difícil saber em função da equipe o que será de Bortoleto em 2025. Não há elemento para achar que a Sauber vá melhorar para a próxima temporada. A grande questão é ser melhor do que o companheiro de time. Outro objetivo tem de ser fazer boas apresentações mesmo com o equipamento limitado e contar com a sorte", afirma.

Segundo Motta, para Bortoleto é imprescindível se manter bem avaliado pela equipes como é atualmente. "Hoje, ele é rotulado como muto capaz. Então, em uma futura dança das cadeiras, o ideal é que ele continue bem contado para progredir caso a Sauber não lhe ofereça um carro competitivo. Em Fórmula 1 não se pode escolher oportunidade".

Alinne Fanelli

Para Alinne Fanelli, da rádio Bandnews, Bortoleto impressiona nas pistas e a comparação com seu companheiro de equipe será um bom parâmetro.

"É uma notícia maravilhosa para o Brasil, que precisava voltar ao grid da Fórmula 1. O país recebe uma etapa do campeonato, com recorde de público a cada ano, então a gente imagina que possa atrair ainda mais a atenção de muita gente para a categoria. Claro que a gente sabe que o Gabriel começa na equipe que hoje ocupa o último lugar no Mundial de Construtores e que não vai trazer grandes inovações ou investimentos para 2025 por causa da grande mudança de regulamento prevista para 2026 - e até a alteração de Sauber para Audi", disse Fanelli.

"Mas, ele é um grande piloto e não é uma chance que possa ser desperdiçada. Acredito que, primeiramente, vão comparar o desempenho dele em relação ao companheiro de equipe, Nico Hülkenberg. Se ele mostrar que está no mesmo nível ou até melhor que o companheiro experiente, ele vai cada vez mais atrair os holofotes. Apesar de ter 20 anos, o Gabriel impressiona pela maneira como pilota, como lê as corridas e como sai de situações difíceis. Então, nesse primeiro ano, a gente acredita que o brasileiro vai se soltar e entender cada vez mais o funcionamento da Fórmula 1, para poder construir uma carreira sólida na categoria".

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade