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Proton espera ter quatro Porsches Hypercar em 2024 no WEC e IMSA

Equipe comandada por Christian Ried espera receber os dois últimos protótipos Porsche 963 até o final deste ano

26 set 2023 - 22h02
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Proton em ação em Fuji: previsão é ter dois protótipos no Mundial de Endurance
Proton em ação em Fuji: previsão é ter dois protótipos no Mundial de Endurance
Foto: Proton Competition

A equipe Proton Competition está com grandes ambições para as temporadas 2024 da IMSA e do FIA WEC. De acordo com Christian Ried, dono da equipe, o time utilizará um Porsche 963 em ambas as séries.

Em entrevista ao site Daily Sports Car, Ried diz que aguarda dois chassis do 963 para deixar as coisas mais claras sobre os rumos que tomarão no próximo ano. A equipe já conta com dois protótipos, que foram entregues com atraso, o que atrapalhou o programa deste ano. 

Segundo Ried, o primeiro 963 chegou dias antes da etapa do FIA WEC em Monza, em julho. O segundo foi disponibilizado bem a tempo para a corrida de Fuji no início deste mês. 

Mesmo com o atraso, a Próton enviou o primeiro carro com as especificações IMSA para as corridas Road America, Indianápolis e Petit Le Mans. “Não é segredo que não ficamos satisfeitos com as datas de entrega dos carros”, disse ele.

“É por isso que estamos competindo na classe LMP2, porque descobrimos que não teríamos os 963s a tempo para o início da temporada. Então compramos um ORECA usado da Algarve Pro Racing, que foi de grande ajuda. Precisávamos treinar nossos pilotos com um protótipo”. 

“Este ano foi um grande passo. O ano passado foi o maior programa que já fizemos, este ano foi ainda mais por causa da classe LMDh. Foi um grande passo para nós, por isso corremos na LMP2, pois não tínhamos experiência em protótipos.

“Já havíamos contratado caras com experiência em protótipos antes da temporada, mas não tínhamos o carro. Então, no final das contas, foi a decisão certa comprar um LMP2 e correr em Daytona e no ELMS.

“Inicialmente, queríamos testar o 963 durante cinco ou seis dias antes da corrida, mesmo que isso significasse perder Spa e Le Mans. Mas no final conseguimos nosso primeiro carro pouco antes de Monza, então não chegamos lá de qualquer maneira”, lembra.

“Foi muito difícil”, admitiu. “Foi difícil ver a galera trabalhando tanto no carro naquele fim de semana (em Monza), voltando para o hotel à noite só para tomar um banho antes de voltar direto para a pista. No final foi um ótimo fim de semana, apesar de termos abandonado com um problema que foi um erro dos mecânicos, mas não dá para culpá-los, eles trabalharam dia e noite”. 

O plano B da Proton

Se os próximos dois protótipos não forem entregues antes do início da temporada 2024 da IMSA, a equipe realizará algumas provas e não a temporada completa. “Ainda estamos discutindo com a Porsche sobre quando poderemos ter os números três e quatro. “Mas parece difícil consegui-los para o início da temporada. Portanto, parece que teremos um carro no FIA WEC e outro no IMSA.

Porsche 963 da proton nos treinos do IMSA em Indianápolis
Porsche 963 da proton nos treinos do IMSA em Indianápolis
Foto: Proton Competition

“Quando recebemos o calendário foi uma grande surpresa ver tantos confrontos. Isso torna tudo muito complicado. Se não conseguirmos os carros extras, faremos um em cada e então talvez possamos participar de corridas de resistência da IMSA, como Watkins e Petit, com um segundo carro, e talvez um segundo carro para Le Mans.”

Segundo Ried, o atraso da Porsche no fornecimento dos carros se dá pelas atualizações que estão sendo desenvolvidas e a disponibilidade de peças. Nesse ínterim, caso a Porsche receba aprovação para as suas melhorias, então, por regulamento, as suas equipas clientes também terão de competir com as novas atualizações aplicadas aos seus carros com efeito imediato.

A escolha dos pilotos

Mesmo com tanta dificuldade no fornecimento dos carros, a escolha dos pilotos também passa por mudanças. “Formação de pilotos, engenheiros, mecânicos. É difícil”, explicou. “Não podemos correr com Gianmaria Bruni, Harry Tincknell e Neel Jani em ambos os campeonatos, isso torna tudo desafiador e caro. Há muito interesse por parte de mecânicos e pilotos"

“É um bom desafio porque todo mundo quer estar na categoria máxima. O modelo de negócios é diferente. Normalmente nossos carros são financiados por gentleman drives, mas não temos isso nos LMDh, então fica mais complicado. Neste momento só precisamos resolver as coisas e encontrar o orçamento certo para um bom programa.

Na IMSA, a Proton usa um Mercedes-AMG na classe GTD. A continuidade deste programa é uma incógnita para o próximo ano.

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