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Stock Car: 2024, chega a tão esperada troca de carro

Em atividade desde 2009, a Stock programa a mudança de chassi para 2024 e busca um grande salto de qualidade e dinâmica.

10 dez 2022 - 12h13
(atualizado às 20h31)
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A Stock Car se prepara para mudar seu carro e o seu patamar
A Stock Car se prepara para mudar seu carro e o seu patamar
Foto: Magnus Torquato / VICAR

A Stock Car vem se consolidando nos últimos anos como a principal categoria de automobilismo no Brasil e uma das principais no mundo em Turismo. Após a volta da VICAR e a entrada de novos investidores, a Stock vem crescendo e pode pensar com mais cuidado em todo seu meio ambiente e no futuro.

Um dos pontos que levantam a curiosidade de quem acompanha a Stock Car é como serão os novos carros. A última grande alteração veio com a chegada da Toyota em 2020 e levou a troca do material da carroceria de fibra de vidro por chapa de aço, tal qual os carros de rua. Embora tenha sido adaptado o monobloco dos Corolla e dos Cruze, o chassi seguia sendo o JLG09, desenvolvido pela JL Racing com apoio da Dallara.

Este chassi foi introduzido em 2009 e foi sendo alterado ao longo dos anos para aumentar a segurança e sua vida útil. Embora tenha mostrado sua força e utilidade ao longo dos anos, não é de hoje que se cogita a introdução de um novo carro na categoria. Não foi por falta de vontade, mas questões de ordem técnica e financeira acabaram sendo impeditivos para que uma nova especificação fosse introduzida e o JLG09 foi seguindo no trabalho.

No início deste ano, a expectativa era que esta nova especificação fosse introduzida para 2023. Segundo pessoas que acompanham bem a categoria, o novo carro da Stock se aproximaria mais das características do TCR (Touring Car Racing). Ou seja, usando o máximo de peças de um carro comum, adaptado à competição.

A temporada foi desenrolando e o assunto não veio mais à tona. Uma das preocupações que se levantam é sobre os modelos. A categoria conta com duas montadoras: Chevrolet e Toyota. Uma terceira foi cogitada (Honda, Hyundai e Nissan já foram ventiladas em momentos diferentes, mas sem confirmação formal) e a versão mais corrente é que entraria com a aplicação do novo regulamento técnico. Outro ponto é que modelo seria usado pela Chevrolet, já que o Cruze não é mais fabricado. Caso o formato sedã for mantido, a possibilidade de uso do Onyx Plus seria considerada.

Ainda sobre do formato do carro, além da opção do TCR, que também seria semelhante a atual, seria olhar para o que a Argentina está se propondo fazer a partir de 2024, que seria adotar o modelo SUV na TC2000, opção que a NASCAR também estuda para um futuro próximo, dado o aumento da participação deste tipo de carro no mercado mundial. Brasil incluso.

Em participação na edição mais recente do podcast “Na Ponta dos Dedos”, o Presidente da VICAR, Fernando Julianelli, deu algumas pistas do que virá a ser a nova geração da Stock. Aparentemente, é certo que o novo carro virá para 2024. E que está afastada a aproximação do modelo dos carros com os protótipos. A visão que predomina no geral é a questão de que o público quer ver carros mais próximos de sua realidade. Tempos atrás, quando a Stock usava “bolhas”, as carrocerias eram menos próximas das ruas e voltadas para a competição. Aos poucos, foi mudando e hoje a aparência é mais “real”.

Neste sentido, Julianelli confirmou que a categoria vem desenvolvendo com a Arcelor Mittal, siderúrgica que passou a ser parceira da categoria, um novo tipo de aço para a carroceria, o que ajudaria a reduzir o peso em cerca de 250kg em relação ao carro atual (o peso base é de 1.385kg).

Com o novo chassi, também viria um motor 4 cilindros 2.0 turbo, em linha com a política de eficiência geral de motores nas competições, o que significaria uma grande mudança para a Stock Car que, desde seu início, utiliza motores de grande cilindrada (o inicial foi o original do Opala 4100 de 6 cilindros). Para que se tenha ideia, hoje a categoria usa um V8 de 6,2 litros, que gera cerca de 450 cavalos.

A questão da posição das montadoras é um direcionador decisivo neste sentido. Até mesmo se cogitou a introdução imediata de alguma solução híbrida (recuperação de energia) para o uso do push-to-pass até para aprofundar a questão ambiental que várias categorias têm se preocupado em abraçar e se alinhar com as fabricantes. Julianelli falou que o plano é usar um sistema híbrido em um “futuro próximo”. Além disso, a categoria deve voltar a usar o etanol como combustível dentro de uma visão buscando uma maior sustentabilidade.

O presidente da VICAR ainda revelou que o modelo novo já está em testes de pista, porém em fase inicial de desenvolvimento. O objetivo é que em breve comecem os trabalhos em termos de desenvolvimento.

A Stock Car quer ser maior do que é, consolida-se como uma ótima ferramenta de marketing e as linhas apontadas para o futuro são decisivas para saltos maiores em sua trajetória, até mesmo envolvendo o mercado internacional. Para um bom espetáculo automotivo, a decisão sobre o elemento principal faz toda a diferença e a VICAR sabe disso e parece aposar no caminho certo.

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