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Villeneuve admite risco de "danificar reputação" se for 'bumpado' na Daytona 500

Depois de não conseguir a vaga em 2008, Jacques Villeneuve volta à prova e crê que fracasso será mancha na carreira

15 fev 2022 - 12h43
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Jacques Villeneuve em ação na pista de Daytona
Jacques Villeneuve em ação na pista de Daytona
Foto: Hezeberg / Grande Prêmio

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Mesmo aos 50 anos, Jacques Villeneuve continua dedicado a aproveitar certas chances como piloto. Neste final de semana, impulsado pela recém-formada equipe Hezeberg, o canadense vai disputar a classificação em busca da inédita participação nas 500 Milhas de Daytona, prova mais tradicional da Nascar. Sem experiência prévia na pista e com uma nova equipe, a ameaça de sequer classificar é real e, admite, é um risco.

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Desde que deixou a Fórmula 1, em 2006, Villeneuve coleciona participações em diversas categorias, inclusive disputou duas provas na Stock Car, a Corrida do Milhão, em 2011, e a Corrida de Duplas, em 2015. Mas poucas vezes teve alguma sequência em algum lugar, apostando mais em participações corriqueiras.

A Nascar foi a categoria importante que o piloto mais disputou provas desde então, ainda que em diferentes classes. Será a primeira vez, contudo, na Daytona 500 - isso caso consiga se classificar. A primeira chance no oval surgiu em 2008, mas Villeneuve teve um acidente na corrida de classificação e terminou fora do grid de largada.

Villeneuve vai competir pela recém-criada Team Hezeberg.

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Agora, 14 anos depois, o campeão das 500 milhas de Indianápolis em 1995 vai em busca da classificação inédita para uma das maiores provas do automobilismo mundial. "A Daytona 500 é uma das três grandes corridas do planeta", começou Villeneuve, em entrevista à Associated Press. "Você tem Le Mans 24, Indy 500 e Daytona, então essa é uma das razões para fazer isso. E, você sabe, quando se tem uma boa corrida, você quer fazer mais algumas", disse, deixando a claro que vislumbra um futuro na Nascar.

Desde 2019, Villeneuve vem atuando em provas da divisão europeia da Nascar, com objetivo de manter o vínculo com os carros da categoria. "Nunca parei de correr. Nunca deixei de querer correr na Nascar, e é por isso que corria um pouco na Europa", afirmou.

Mas a tarefa do campeão mundial de F1 em 1997 não será fácil, uma vez que a Hezeberg foi criada no ano passado e não possui uma grande estrutura. "Não é todo mundo que quer pilotar para um carro não-qualificado. É um esforço difícil e é uma equipe pequena. Mas há boas chances de entrarmos no show", disse.

Com vasta experiência no esporte, Villeneuve acredita que a sua reputação estará em jogo e tende a sofrer um golpe caso não conquiste a vaga. "Se você não entra, apenas se prejudica. Basicamente, prejudico minha reputação, pode prejudicar os 30 anos de trabalho duro que coloquei em sua carreira. Portanto, há sempre um grande risco envolvido nesse aspecto", concluiu.

É pertinente a preocupação do piloto sobre a preservação do seu legado se o objetivo não for atingido em Daytona. Um exemplo sobre como uma performance ruim fica marcada na história é a de Fernando Alonso e a tentativa fracassada de entrar na Indy 500 de 2019. O bicampeão mundial terminou a disputa na 26ª posição, ficou longe de alcançar a vaga em Indianápolis e a participação ficou marcada como o maior fracasso da carreira do espanhol.

Com início programado para às 16h30, as 200 voltas da Daytona 500 acontecem no próximo domingo.

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