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WEC: Chegam os gigantes no Hypercars, mas nem tudo são flores

BMW, Lamborghini, Alpine...grandes marcas chegam ao FIA WEC e o grid aumenta para 2024. Mas poderemos ter saídas. A ver como fica.

13 jul 2023 - 14h20
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Em sentido horário: BMW, Alpine, Isotta Fraschini e Lamborghini. Esta é a escalação para o FIA WEC 2024
Em sentido horário: BMW, Alpine, Isotta Fraschini e Lamborghini. Esta é a escalação para o FIA WEC 2024
Foto: FIA WEC, Alpine, Isotta Fraschini, Lamborghini / Twitter

Com o novo regulamento técnico prevendo a convergência entre FIA/ACO e o IMSA, uma série de interessados apareceram para participar da categoria principal de ambos os campeonatos. A FIA/ACO chama de Hypercars, enquanto o IMSA batiza de GTP (Grand Touring Prototype). Mas são protótipos que contam com sistema híbrido de energia.

Este acordo veio da necessidade de que otimizasse a situação para aqueles que queriam participar dos dois certames, mas especialmente de duas provas: Daytona e Le Mans. Ambas têm a duração de 24 Horas e são consideradas as principais corridas de Longa Duração.

Muitas vezes, eram necessárias muitas alterações para que times pudessem participar. Com a implantação da hibridização no IMSA e a iniciativa de corte de custos e simplificação técnica por parte do FIA/ACO, a oportunidade surgiu e começou neste ano a funcionar de fato.

As configurações são bem semelhantes, mas a versão voltada para o IMSA (LMDh) chamou mais a atenção dos fabricantes. Embora o LMH (FIA WEC) dê um pouco mais de liberdade técnica, especialmente na recuperação de energia, a configuração norte americana é mais padronizada.

Mas não somente no sistema híbrido, mas também na fabricação dos chassis. 4 marcas estão autorizadas a fabricar: Multimatic (que se juntou com a Porsche), Dallara (Cadillac e BMW), Oreca (que apoiou a Ferrai e está com a Alpine) e a Ligier (que será da Lamborghini). Mesmo assim, é liberado a personalização para cada marca.

Para se ter uma ideia, a Dallara desenvolveu ao mesmo tempo os projetos da Cadillac e da BMW e tinha áreas separadas dentro de sua fábrica na Itália para garantir a diferenciação dos carros.

Com isso, quando o novo regulamento foi anunciado, Toyota confirmou a entrada, bem como a Glickenhaus e a Vanwall. A Alpine, que já participava com um LMP1 adaptado, foi autorizada este ano a participar da LMP2 para não perder a vaga.

A Porsche também anunciou sua participação e se juntou com a Penske. Além disso, anunciou que o 963 seria disponibilizado para clientes. De maneira a aproveitar sua estrutura após a implantação do teto orçamentário na F1, a Ferrari anunciou o seu retorno à categoria principal do Endurance com o 499P.

Porsche 963 no IMSA e FIA WEC: JDC Miller, Penske, Jota e Proton
Porsche 963 no IMSA e FIA WEC: JDC Miller, Penske, Jota e Proton
Foto: Only Endurance / Twitter

A BMW e a Cadillac também anunciaram sua entrada. Inicialmente no IMSA, mas posteriormente também no FIA WEC. Os americanos já vieram este ano, enquanto os alemães se preparam para o próximo ano. Além destes, a Lamborghini também confirmou presença. Quem retornou em 2022 foi a Peugeot, que optou por um projeto ousado tecnicamente, o 9x8, que abre mão do aerofólio traseiro, confiando totalmente na geração do efeito solo.  

Com o sucesso da fórmula, agora muita gente quer um Hypercar para chamar de seu. Atualmente, são 13, contando com a Glickenhaus e a Vanwall e os dois clientes Porsche: a Jota (a partir de Spa) e a Proton (entrou para o clube em Monza).

Todos os Hypercars da Temporada 2023 do FIA WEC
Todos os Hypercars da Temporada 2023 do FIA WEC
Foto: Only Endurance / Twitter

Com a entrada da Lamborghini e BMW, mais 3 carros são garantidos. A Alpine alinhará pelo menos mais 2 carros.

A Cadillac, que é tocada por Chip Ganassi, deve alinhar mais 1 carro.  Estima-se que a Jota teria mais um Porsche para entrar na vaga da atual LMP2 (Pietro?). A perspectiva é animadora.

Entretanto, nem tudo são flores....

A Glickenhaus, que vem fazendo um trabalho muito digno até aqui, mesmo sem usar o sistema híbrido, vem ameaçando parar suas atividades. Em entrevistas, Jim Glickenhaus diz que fica difícil brigar com grandes marcas e que precisaria de patrocínio para fazer uma grande atualização no 007 para ser competitivo. Sem contar que ainda não sabe se participará das provas de Fuji e Bahrein (a resposta tem que ser dada até o dia 17 para poder reservar o lugar no navio).

Já a Vanwall é um caso a ser estudado. Na verdade, o projeto é o ByKolles, capitaneado por Colin Kolles e se mostrou uma verdadeira draga. Após conseguir o apoio da britânica Vanwall (a mesma da equipe de F1 da década de 50), foi para a pista, mas não teve resultados e desenvolvimento concretos. O time vem tendo um rodízio de pilotos, com Jacques Villeneuve sendo dispensado de um modo muito esquisito às vésperas de Le Mans...

Depois, Tom Dillmann, que já estava bem envolvido, anunciou a saída de modo amigável e deu lugar a João Paulo de Oliveira em Monza. Em conversa antes da prova, Oliveira descreveu que o carro tinha vários aspectos para serem tratados e que o desempenho poderia ser melhor. É um dos que estão na marca do pênalti para 2024...

O fato é que o saldo é positivo ainda. Poderia ser melhor se a Ferrari resolvesse abrir o seu programa para clientes. Porém, os italianos disseram que a possibilidade está na mesa, mas não será para já, dada a “complexidade” do 499P.  Porsche ter mais clientes não pode ser excluído...A Acura é uma situação que fica em suspenso, dependendo de um OK da Honda.

Em uma mudança de regulamento, em que a classe LMP2 será excluída e as 36 entradas deverão ser mantidas entre a Hypercar e a nova LMGT3. Se o quadro mais otimista for cumprido, metade do grid será composta pela categoria principal. Mas o fato é que a Hypercar ganhará mais espaço no FIA WEC....

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