WEC: estão chegando as 24 Horas de Le Mans dos 100 anos

Após Monaco e Indianápolis, é chegada a hora de completar a Tríplice Coroa do automobilismo. F1 e Indy fizeram as suas chamadas “provas icônicas”. Agora é o momento dos Protótipos: as 24 Horas de Le Mans, que acontecerão nos dias 10 e 11 de junho.

Temos outras provas deste tipo nos diversos autódromos do mundo (o Brasil já teve as 25 Horas de Interlagos e tenta retomar as Mil Milhas). Mas a prova francesa conseguiu angariar a atenção e criar a mitologia em seu redor, que já foi parar nas telas de cinema algumas vezes (As 24 Horas de Le Mans de 1970, Fúria sobre Rodas, de 2003 e o Ford vs Ferrari, de 2019).

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São 38 curvas distribuídas em mais de 13 quilômetros de extensão. Mas o grande chamariz é a velocidade. Até 1990, a reta Mulsanne permitia velocidades extremas, tanto que há o recorde é de 405 km/h da prova de 1988 (na verdade 407 km/h, mas como a Peugeot estava lançando então o modelo 405 e era fornecedora do motor do carro do recorde, chegou ao acordo de “ajustar a marca”). Em 1990, duas chicanes foram colocadas para reduzir a velocidade e a marca segue.

Para este ano, a prova é emblemática por determinar os 100 anos de existência. Em 26 de maio de 1923, 33 carros alinharam para a primeira edição. O principal objetivo era testar a resistência de carros e pilotos. Afinal, àquela época, o automóvel era um dos pontos máximos da tecnologia e uma prova deste tipo era um belo trunfo de propaganda.

Até hoje, a prova não foi disputada nos períodos de Guerra (1940 a 1948) e por conta de uma Greve Geral (1936). Mesmo com vários momentos tensos, como o grande acidente da edição de 1955, com a morte de 82 pessoas e que motivou a retirada da Mercedes-Benz por vários anos das competições esportivas. Até virou animação...

Mesmo com as diversas mudanças de regulamento técnico, a prova seguiu em frente. E desde 2012, faz parte do Campeonato Mundial da FIA, o WEC. Para este ano, após vários anos de discussão entre a FIA, o Automobile Club de L’Ouest (ACO – Organizador da prova) e o IMSA (americana), houve uma convergência para que os regulamentos técnicos das séries possam convergir e mais gente participar das duas séries sem grandes adaptações.

Tanto que, por este motivo, temos a volta oficial da Ferrari na categoria principal após 50 anos, a vinda da Cadillac e o “ataque” da Porsche através de seu time oficial (Penske) e clientes. Não esquecendo da Peugeot, que venceu em 1992 e 1993. Além das boas disputas entre as equipes das classes LMP2 e LM/GTE Am. No total, serão 62 carros na pista.

Nos próximos dias, detalharemos tudo sobre a categoria e o que envolve esta prova tão charmosa do automobilismo mundial. Fique ligado!