WEC: Porsche lidera treinos livres equilibrados em Interlagos
Com carros diferentes liderando cada sessão de treinos livres, WEC começa sem favoritos em Interlagos
Interlagos combina com imprevisibilidade. Já é uma tradição em quase todas as categorias que correm no templo sagrado do automobilismo brasileiro, e tudo indica que não será diferente no retorno do WEC ao Brasil.
A começar pelo clima, que em apenas um dia e meio de atividades já variou do ameno para o frio e do seco para o úmido. E, ao que tudo indica, será quente no momento da corrida, bagunçando ainda mais as simulações das equipes.
Na pista, o que se viu foi uma variação enorme de possibilidades. Em cada uma das três sessões de treino livre, um carro diferente foi o mais rápido – tanto na hypercar quanto na GT3.
Nos protótipos, Peugeot e Cadillac começaram à frente no breve TL1, encurtado por uma forte batida do Lexus #78. Na segunda sessão de sexta-feira, Toyota e Ferrari andaram praticamente juntas. Já no último treino, no sábado, a Porsche conseguiu colocar três carros no top 3, com Alpine, BMW e Lamborghini tendo destaque. Ou seja, todos os fabricantes se mostraram competitivos em algum momento.
Entre os carros esporte da GT3, a primeira sessão teve liderança do McLaren 720S (com o brasileiro Nicolas Costa ao volante), a meros 3 milésimos do Aston Martin. O TL2 teve domínio do Lexus, enquanto o TL3 presenciou o Porsche à frente.
No cômputo geral, o Porsche 963 da equipe Jota foi o mais rápido dos treinos livres na hypercar, com 1min24s297. Já na GT3, o tempo do TL2 não foi superado no TL3, ficando com a Lexus a melhor volta das práticas: 1min35s162.
As sessões de classificação são ainda nesse sábado (13), entre as 14h30 e as 15h40. A edição de 2024 das 6 Horas de São Paulo começa às 11h30 do domingo (14). Confira como foi cada um dos treinos livres:
Primeiro treino livre interrompido....
O primeiro contato dos carros do WEC com a pista de Interlagos se deu na manhã de sexta-feira. A pista ainda tinha trechos úmidos, consequência da garoa que caíra na instável zona sul paulistana algumas horas antes.
Por volta da metade da sessão, Arnold Robin perdeu o controle do Lexus RC F de número #78, da equipe Akkodis ASP, e bateu forte no final da reta oposta. O piloto precisou ser levado ao hospital de helicóptero, mas foi liberado poucas horas depois sem complicações. Seu carro não teve a mesma sorte, no entanto: perda total, e fim da participação nas atividades da 6 Horas de São Paulo. A bandeira amarela foi acionada para reparos nas barreiras de pneus e nos guard-rails, causando o fim precoce do treino livre 1.
Sem que os carros pudessem cumprir todo o programa prevista para a sessão, a tabela de tempos teve a Peugeot na ponta, com o carro #93 tendo completado o traçado em 1min26s341 com Nico Muller ao volante, 0s179 à frente do Cadillac #2 pilotado por Earl Bamber e 0s226 mais rápido que o Porsche 963 de número #6 conduzido por André Lotterer.
Na tabela da categoria GT3, o brasileiro Nicolas Costa, do McLaren #59, ficou com a melhor marca: 1min35s881. Diferença de ínfimos 3 milésimos de segundo para Alex Riberas, no Aston Martin #27, e de 0s223 para o Aston Martin #777 de Marco Sorensen.
...segundo treino livre alongado
A direção de prova antecipou em 45 minutos o início do TL2 para compensar o tempo de pista perdido. Nas 2 horas e 15 minutos de sessão, com poucas interrupções, houve tempo suficiente para todos irem à pista e simularem diferentes situações de corrida e classificação.
Na categoria Hypercar, o BoP se mostrou eficiente, com nada menos que quatro carros separados por menos de meio: os dois Toyota à frente, seguidos de (muito) perto pelos Ferrari de fábrica, todos a 0s049 entre si. O mais rápido deles foi o Toyota #8, que virou 1min25s727 nas mãos de Sebastien Buemi.
O equilíbrio não se limitava à Toyota e Ferrari, uma vez que Cadillac e Porsche, com dois 963 operados pela Jota, também se colocaram a dois décimos dos ponteiros. Ao todo 10 carros andaram no mesmo segundo.
Já na GT3, o Lexus sobrevivente deu às cartas. Com volta 1min35s162, o argentino Jose Maria Lopez pôs 0s325 sobre o Lamborghini #60 da Iron Lynx 0s476 sobre a Ferrari #55 da Vista AF Corse.
Ponto comum entre vários pilotos: a degradação dos pneus será um fator crucial na prova, a ponto de Goodyear aumentar a quantidade de jogos de pneus oferecidos às equipes da GT3.
Porsche desperta na terceira sessão
Na fria manhã de sábado, a Porsche mostrou o potencial do 963. Após uma sexta-feira discreta, os carros alemães ocuparam os três primeiros lugares do TL3. O carro privado da Jota, de numeral #12, ponteou a sessão com 1min24s297, no mesmo décimo dos dois carros da Porsche Penske. Alpine, BMW e Lamborghini vieram em seguida, com Toyotas e Ferraris sumidas.
A categoria GT3, teve seus 17 carros separados por apenas 1 segundo. Assim como na hypercar, um Porsche liderou: o #92 da Manthey PureRacing fez 1min35s488. Completaram o top 3 o McLaren #95 (de Nicolas Costa), a apenas 0s062 do líder, e o Lamborghini rosa da Iron Dames, 0s151 atrás.