WEC: Prema prioriza Lamborghini e desiste da classe LMP2
Além do programa da Lamborghini, a Prema terá carros nas fórmulas 2 e 3
A equipe Prema não competirá na classe LMP2 na temporada 2024 do Mundial de Endurance e concentra os seus esforços no programa LMDh da Lamborghini e nas competições de monopostos.
Com dois protótipos na classe LMP2, a equipe espera vendê-los no final desta temporada. Além disso, os modelos não estarão mais no WEC no próximo ano, sendo elegíveis apenas nas 24 Horas de Le Mans, European Le Mans Series, Asian LMS e IMSA.
Aliás, a Prema inscreveu em 2022 um carro na classe LMP2 no WEC e ELMS, como parte de seus preparativos para o programa da Lamborghini LMDh, onde auxiliará a equipe Iron Lynx por meio de sua recém-criada empresa de consultoria Prema Engineering.
Com isso, ganhou o título do ELMS na primeira tentativa com Louis Deletraz, Ferdinand Habsburg e Lorenzo Colombo, antes de mudar todo o seu foco para o WEC este ano.
A campanha de 2023 viu a Prema integrar os pilotos de fábrica da Lamborghini Daniel Kvyat, Mirko Bortolotti e Andrea Caldarelli. “No próximo ano, nosso envolvimento será no programa LMDh e continuaremos com isso”, disse o chefe da equipe Prema, Rene Rosin, em entrevista ao site Sportscar365.
“Usamos o LMP2 como um processo de aprendizagem para estarmos prontos para 2024 e nosso foco estará no LMDh”, explicou.
Foco está na classe LMDh
Rosin acrescentou que a Prema recebeu “muitos pedidos” dos pilotos para fazer um programa ELMS, mas que a equipe está no caminho certo para manter seu plano original de interromper a operação LMP2.
“Decidimos continuar como planejamos”, disse ele. “É claro que as coisas podem mudar nas próximas semanas e meses. Mas temos muita carne no fogo, com o projeto monoposto e o projeto LMDh que a Lamborghini e a Iron Lynx estão fazendo”.
“Acho que vamos continuar com isso. Não queremos esticar muito as estruturas. Queremos continuar melhorando e manter nosso desempenho em alto nível”.
Por fim, manter o programa LMP2 exigiria que a Prema investisse em mais pessoal para gerenciar o aumento da carga de trabalho de ter efetivamente dois esforços de corrida de protótipos diferentes.
“Esse é o fato que nos limita”, admitiu Rosin. “Já temos o suficiente acontecendo. Já temos muita gente na empresa, pelo menos 20”.
Considerando o programa LMDh, tudo o que está acontecendo no próximo ano: teremos um carro novo na Fórmula 2 e haverá um novo carro de Fórmula 3 em 2025. Há muita coisa acontecendo”, finalizou.