WEC: Vandoorne busca conciliar WEC, F1 e Fórmula E em 2024
Em entrevista, Stoffel Vandoorne reconhece que a sua jornada tripla exigirá bastante dele em 2024, mas que estará pronto para a ação.
Os conflitos de interesse ocorrem quando o trabalho de uma pessoa em uma organização a afetem caso trabalhe em outra empresa. O piloto Stoffel Vandoorne, que é reserva da equipe Aston Martin na F1, acredita que seu papel de piloto na equipe Peugeot no FIA WEC e na DS Penske na Fórmula E, não influenciará o relacionamento com o time inglês.
Ao longo deste ano, o piloto belga dividiu com o brasileiro Felipe Drugovich o papel de testar e desenvolver o AMR23 em simuladores, além de guiar o carro durante testes de pneus no circuito de Spa-Francorchamps.
No entanto, na próxima temporada ele cumprirá todo o calendário do FIA WEC juntamente com seus compromissos na Fórmula E, o que reduzirá sua disponibilidade para estar a serviço da Aston Martin na F1.
Mesmo optando pelo acúmulo de funções, Vandoorne não quer fechar todas as portas. Com tantos compromissos, o piloto belga acredita que mesmo com a sua “ausência” nos boxes da Aston Martin, não afetará o relacionamento com a equipe.
“Obviamente, fica bastante movimentado e poucos dias para se deslocar”, disse ele ao site Motorsport.com. “Mas acho que ainda é possível estar ligado à Aston Martin. Requer um pouco de gestão com todas as partes, e todos precisam estar muito conscientes de quais são as minhas prioridades e disponibilidades."
"Desde que todos estejam de acordo com isso, então isso é possível. Acho que, acima de tudo, cabe a mim também ser muito claro sobre isso com todas as partes, em termos de onde investir o meu tempo. Mas também como administrar todas as minhas viagens e meus níveis de energia, porque passo muito tempo em aviões”, explicou. "Estou garantindo que isso não afete minhas corridas."
Dificuldade em administrar o tempo durante o ano
Um dos maiores empecilhos que Vandoorne enfrentará serão as viagens. Em alguns casos, a agenda de viagens funcionará a seu favor: Por exemplo, quando o evento de Fórmula E de Tóquio for seguido imediatamente pelo fim de semana do GP do Japão, que muda para uma nova data em abril.
“Há corridas em que isso se encaixará muito bem se você estiver na região certa”, disse ele. “E outras que estão completamente em outro continente, o que não é legal”, explica. “O que quero evitar é ir de um continente para outro e gastar muita energia nisso à toa.”
F1 e o seu calendário extenso
O piloto reconhece que o calendário da F1 é longo, exigindo que todos os pilotos estejam presentes em cada corrida. A temporada 2024 terá 24 corridas, enquanto o WEC terá 8 provas e a Fórmula E, 17 etapas. Vandoorne reconheceu que terá um 2024 de agenda cheia.
“Com a Aston Martin, estamos Felipe e eu”, disse ele. “Então somos dois, e o que você precisa fazer é dividir esse papel. Eu não gostaria de ir a 24 corridas e não pilotar nada”.
"Como você pode estar pronto, se precisar entrar em ação? Como piloto de corrida, você precisa pilotar e correr. E essa é a melhor preparação para estar pronto”.
“Então o bom é que a Aston Martin entende isso, e eles sabem que você tem que correr para estar em forma e pronto para entrar”, finalizou.