WEC volta ao Brasil com as 6 Horas de São Paulo
Após 10 anos, FIA WEC volta ao Brasil em um de seus melhores momentos e faz as 6 Horas de São Paulo serem aguardadas com ansiedade
Este fim de semana, após 10 anos, o Campeonato Mundial de Longa Duração, o FIA WEC, retorna ao Brasil, com as 6 Horas de São Paulo. Justamente em um momento em que o Endurance vem tendo um grande aumento de interesse do público, com o nosso país incluído.
É um grande significado a realização desta prova. Até porque já tivemos uma série de percalços para poder receber a corrida. A confiabilidade do Brasil como organizador de eventos foi colocada em xeque e, se estamos tendo as 6 Horas de São Paulo, é um grande feito.
Serão 37 carros e 110 pilotos rasgando a pista de Interlagos. Simplesmente 14 montadoras participando do campeonato. Talvez seja a maior participação em um campeonato mundial, o que mostra o acerto da FIA/ACO (organizadores) no estabelecimento das regras.
A maior prova seja o equilíbrio até aqui: As 6 Horas de São Paulo marcam o início da segunda fase do campeonato e não há nada definido. Até aqui, tivemos 4 provas com 4 vencedores diferentes na categoria Hypercar. Na GT3, temos 3 competidores separados por 2 pontos.Na Hypercar, Porsche, Ferrari e Toyota estão separadas por 12 pontos.
Mas cabe dar uma pincelada sobre o que é o FIA WEC
O campeonato de longa duração vem sendo disputado com este nome desde 2012, sendo o sucessor de outros campeonatos como o Mundial de Endurance e o famoso Grupo C. Para efeito de classificação, aqui são considerados eventos a partir de 6 Horas.
Para este campeonato, temos eventos de 6 Horas (Spa, Imola, São Paulo, EUA e Fuji), 8 Horas (Bahrain), 10 Horas (Catar) e as famosas 24 Horas de Le Mans. Esta prova é tão diferente que tem a pontuação dobrada (o FIA WEC usa como base a classificação da F1, pontuando do 1º ao 10º). O pole position de cada classe ganha um ponto extra.
O campeonato conta com duas principais classes: Hypercar e LMGT3. O regulamento técnico atual foi definido em 2021 para os Hypercars e será estendido até 2028. Já as regras dos LMGT3 começaram a valer este ano e valem também até o final da temporada 2028.
Para a disputa do campeonato, os times devem indicar trios para os carros, com exceção das provas de 6 Horas. Para os Hypercars, obrigatoriamente devem ser usados pilotos Platina, Ouro e Bronze. No caso dos GT3, a composição tem que contar com pelo menos um Bronze (depois explicaremos isso).
Ainda existe uma limitação de pilotagem pelos pilotos, ao menos na LMGT3. O quadro para os Prata e os Bronze são estes. Para a Hypercar, não há limite. Embora a Direção de Prova possa estabelecer limites específicos para cada prova.
Brasileiros no WEC
Para esta temporada, competindo no campeonato todo, temos dois representantes na classe LMGT3: Augusto Farfus (#31, na BMW WRT) e Nicolas Costa (#59, McLaren United). O Brasil já venceu o Mundial de Protótipos em 1987 com Raul Boesel (Jaguar). No WEC, André Negrão venceu o campeonato na LMP2 na temporada 2018/2019 e foi vice-campeão na Hypercar em 2022.
Ao longo da semana, explicaremos um pouco mais sobre o campeonato. Fiquem ligados!