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Basquete em cadeira de rodas traz histórias de superação

9 set 2016 - 09h00
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O basquete em cadeira de rodas é a modalidade paralímpica mais popular no Brasil. Cerca de 80 clubes praticam o esporte no País e disputam três divisões de campeonato nacional – é assim no masculino. Boa parte dos atletas das duas Seleções Brasileiras chegou ao basquete depois de algum acidente.

Apesar de contar com muitos times e competições nacionais, a Seleção Brasileira, tanto masculina quanto feminina, ainda não conseguiu conquistar medalhas na Paralimpíada
Apesar de contar com muitos times e competições nacionais, a Seleção Brasileira, tanto masculina quanto feminina, ainda não conseguiu conquistar medalhas na Paralimpíada
Foto: Getty Images

No time de homens, o pivô Leandro é um dos destaques e a esperança de uma medalha para o Brasil passa por suas mãos. O atleta foi vítima de um acidente de moto, em que acabou arremessado após colisão com um automóvel. Como não lhe prestaram socorro imediatamente, perdeu uma perna.

A seleção conta também com a força do ala Marcos, outro nome de peso na equipe. Sua história é parecida com a do colega. Ele teve uma perna amputada depois de se acidentar com um trem, no Rio.

Os dois e outros do grupo não se incomodam em falar sobre o assunto. Usam o esporte para superar o trauma e obtêm ótimos resultados dentro e fora da quadra.

Seleção Brasileira feminina em ação durante a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012
Seleção Brasileira feminina em ação durante a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012
Foto: Bruno de Lima/CPB

“São todos bastante tranquilos com relação ao que passaram. Estão numa outra fase da vida, mais amadurecidos e superando desafios por meio do esporte”, explicou ao Terra a chefe de Comunicação da Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CPB), Mariana Fontes.

Para a disputa de campeonatos oficiais, é preciso seguir à risca a cartilha do esporte. As equipes são divididas por gradações de lesão. Quem é paraplégico incompleto ou completo, por exemplo, tem determinada pontuação. Os amputados de membros inferiores, idem. Isso também vale para os que apresentam uma fissura na espinha e assim por diante, sempre numa escala de 1 a 5 pontos.

Apesar de adversários, os atletas de basquete de cadeira de rodas demonstram respeito e solidariedade durante as partidas
Apesar de adversários, os atletas de basquete de cadeira de rodas demonstram respeito e solidariedade durante as partidas
Foto: Getty Images

O time na quadra, com cinco atletas, tem de somar no máximo 14 pontos (com relação às lesões). Essa fórmula dá equilíbrio à disputa e obriga o treinador a trabalhar com atletas em vários níveis.

A quadra é a mesma do basquete tradicional e também não muda a altura da cesta e nem o número de atletas de cada equipe – 12. Os jogos têm quatro tempos de 10 minutos e a adaptação das cadeiras torna o esporte veloz, o que pode surpreender quem ainda não viu uma partida da modalidade.

Fonte: Especial para Terra
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