Flamengo cresce na NBB e vence o Vasco em clássico equilibrado
Flamengo supera o Vasco em clássico emocionante na NBB, com destaque para a recuperação no segundo tempo após erros no primeiro.
O Flamengo segue absoluto no Clássico dos Milhões no basquete. Em um duelo eletrizante na noite desta quinta-feira (27), no Maracanãzinho, o time rubro-negro superou um primeiro tempo instável e, com uma grande reação na segunda etapa, venceu o Vasco por 84 a 78, pelo Novo Basquete Brasil (NBB). O resultado amplia a sequência invicta do Flamengo sobre o arquirrival, que já dura mais de sete anos.
Com o triunfo, a equipe comandada por Sergio Hernández chega a 21 vitórias em 28 jogos e se mantém na vice-liderança da competição, atrás apenas do Minas. Já o Vasco, que vinha embalado por quatro triunfos consecutivos, segue na sexta colocação, agora com 16 vitórias em 29 partidas.
O armador Alexey foi o grande nome da partida, anotando 22 pontos e distribuindo 12 assistências. Shaquille Johnson também teve atuação destacada pelo Flamengo, com 15 pontos. Pelo lado vascaíno, Marquinhos foi o cestinha do jogo, com 20 pontos, seguido por Eugeniusz, que contribuiu com 16.
Primeiro tempo de domínio vascaíno
O Vasco começou o jogo em ritmo forte, aproveitando os erros ofensivos do Flamengo para abrir vantagem logo nos primeiros minutos. Com Scheuer e Jamaal comandando as ações no ataque, o Cruz-Maltino chegou a ter sete pontos de frente ainda no primeiro quarto. O Flamengo reagiu no fim da parcial, mas o Vasco terminou à frente por 19 a 16.
No segundo período, o Flamengo tentou equilibrar as ações, mas encontrou dificuldades diante da defesa intensa do rival. O Vasco soube aproveitar os espaços e manteve o controle do placar, chegando a abrir nove pontos de diferença antes do intervalo. Comandado por Marquinhos e Eugeniusz, o time cruz-maltino foi para os vestiários vencendo por 41 a 32.
Flamengo cresce no segundo tempo e busca a virada
O retorno do intervalo marcou a virada de chave para o Flamengo. Com uma postura mais agressiva e impulsionado pelo apoio da torcida, o time rubro-negro rapidamente reduziu a desvantagem. Alexey e Shaquille Johnson assumiram o protagonismo, e, na metade do terceiro quarto, o Flamengo virou o jogo, incendiando o Maracanãzinho. O Vasco tentou reagir, mas a equipe rubro-negra fechou a parcial em 61 a 56.
No último quarto, o Flamengo seguiu controlando o ritmo da partida. Com Alexey ditando o jogo e distribuindo assistências precisas, a equipe ampliou a vantagem para 12 pontos. O Vasco ainda esboçou uma reação nos minutos finais, mas não conseguiu retomar a liderança. No fim, o Flamengo garantiu a vitória por 84 a 78, consolidando mais um triunfo no clássico.
O Flamengo volta à quadra neste sábado (29), quando enfrenta o Botafogo no ginásio Oscar Zelaya, em mais um duelo carioca pelo NBB. Já o Vasco busca a reabilitação contra o Pinheiros, também no sábado.
Escalações iniciais
Flamengo: Alexey, Williams, Shaquille Johnson, Kayo e Ruan. Entraram: Siewert, Gallizzi, Gui Deodato e Franco Balbi. Técnico: Sergio (Oveja) Hernández.
Vasco: Jamaal, Scheuer, Marquinhos, Humberto e Paulichi. Entraram: Eugeniusz, Gustavo Basílio, Eddy, Alê e Juan. Técnico: Léo Figueiró.
Entrevistas exclusivas do Esporte News
Léo Figueiró:
Após a partida, o técnico do Vasco, Léo Figueiró, analisou os pontos que levaram à derrota de sua equipe. Para ele, o terceiro quarto foi o momento decisivo do jogo, quando os erros ofensivos do Vasco permitiram ao Flamengo virar e abrir vantagem.
"O primeiro quarto a gente sofreu no rebote, mas no segundo conseguimos ajustar isso. Só que no terceiro período começamos a cometer muitos turnovers, e contra um time da qualidade do Flamengo, eles aproveitaram. Abriram vantagem ali e ficou muito difícil buscar no último período", explicou.
O treinador também destacou a limitação do elenco como um fator que pesou na reta final da partida. "Nosso elenco é curto, e com jogadores pendurados, o Diego sem poder revezar um pouco no pivô, isso acabou sendo determinante. O jogo estava equilibrado, mas quando voltamos do intervalo, cometemos erros que custaram caro. Se tivéssemos um ataque mais consistente, poderíamos ter mantido a liderança, mas acabamos dando muitas transições para eles", avaliou.
Apesar da frustração com o resultado, Figueiró reforçou o orgulho pelo desempenho do time na temporada. "Estamos em um mês de março excelente, essa foi nossa primeira derrota no mês, e foi para o Flamengo, na casa deles. Algo que poderia acontecer. Nossa recuperação no campeonato é impressionante, e seguimos brigando por posições importantes", ressaltou.
Com três jogadores suspensos para o próximo jogo contra o Paulistano, o treinador fez um apelo à torcida. "Precisamos muito do apoio deles. Nossa torcida sempre esteve ao nosso lado, e agora mais do que nunca, precisamos que eles compareçam e nos empurrem. Não tem como pensarmos em algo maior sem o apoio da torcida", concluiu.
Alexey Borges:
Do lado vencedor, Alexey, um dos destaques da partida, celebrou a virada do Flamengo e ressaltou a importância de vencer um clássico. "Clássico não se joga, se ganha. Sempre é importante vencer, e quando é contra o Vasco, ainda mais. A torcida fica mais feliz", disse o armador.
O jogador admitiu que o Flamengo começou a partida abaixo do esperado e que o Vasco foi superior no primeiro tempo. "Eles entraram mais ligados, enquanto nós erramos muito. No primeiro tempo, não conseguimos encaixar o ataque, erramos algumas bolas de três, e isso fez diferença. Mas voltamos mais agressivos no segundo tempo, corrigimos nossos erros e conseguimos virar o jogo", afirmou.
Para Alexey, o diferencial do Flamengo na etapa final foi a mudança de postura. "No segundo tempo, ajustamos nossa energia e jogamos como Flamengo. Eu, como armador, pude ter mais controle da bola e, com a vantagem que construímos, conseguimos administrar melhor o jogo", analisou.
A vitória manteve a invencibilidade rubro-negra sobre o Vasco, mas Alexey evitou comentar sobre o rival. "Prefiro não falar sobre o outro time, acho que não vale a pena, principalmente quando é esse adversário. Nosso foco é no que a gente faz em quadra", finalizou.
