A seleção de Paris e o Raio-X da NBA após os Jogos Olímpicos
Quinteto ideal da Olimpíada divulgado pela FIBA reflete o protagonismo que possivelmente veremos nas franquias mais dominantes da liga
O mundo parou durante nove dias.
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Os Jogos de Paris começaram cercados de expectativas e, no fim, entregaram tudo que prometeram.
O que se viu na França foi o mais alto nível de basquete aliado a um grau de competitividade jamais visto na história dos Jogos.
O resultado final, por mais que fosse esperado, chegou após capítulos interessantes de um competição protagonizada pelas principais estrelas da NBA. No entanto, a pluralidade de nacionalidades no topo técnico e tático do basquete apresentado foi o que mais chamou atenção - se Barcelona 1992 ficou marcada pelo Dream Team nadando de braçada, Paris 2024 jogou o sarrafo do equilíbrio lá no alto.
Até o Time dos Sonhos de LeBron e Curry suou.
Sorte da NBA.
Sorte nossa.
Paris e a Liga
Em meio a um contexto totalmente diferente em termos de basquete, já que o que é jogado hoje é praticamente um outro esporte, podemos dizer que a NBA finalmente globalizou na prateleira de cima.
Mais aberta aos "imigrantes" da bola laranja, a maior liga do planeta vive agora o "seu" ápice.
Jogadores dos mais diferentes estilos, e de diversos países, atraem os holofotes em um jogo cada vez mais corrido, do perímetro e físico - mesmo que sem o mesmo contato de garrafão da década de 1980 e 90, por exemplo.
Vemos isso através dos recentes MVPs da NBA, e até dos principais nomes dos Jogos de Paris.
O quinteto ideal FIBA
Com LeBron James eleito o MVP de Paris, a Federação Internacional de Basquete divulgou a seleção dos melhores da Olimpíada: Dennis Schroder; (Alemanha); Stephen Curry (Estados Unidos); LeBron James (Estados Unidos); Victor Wembanyama (França) e Nikola Jokic (Sérvia).
Reparem que na lista vemos "apenas" dois norte-americanos.
O prêmio de "estrela do amanhã" ficou com o inevitável Victor Wembanyama. Com 2,24m, o "novato" do San Antonio Spurs liderou a França na conquista da medalha de prata com a imposição de um estilo que altera e alterará ainda mais a realidade da liga nos próximos anos - caso parecido com o que fez Curry nas bolas do perímetro. Ao longo do torneio, o prodígio do San Antonio Spurs obteve médias de 15.8 pontos, 9.7 rebotes, 3.3 assistências 20.8 de eficiência.
Após o vice, não contente e com zero conformismo, ao contrário do que costumávamos ver antigamente pelo lado de quem perdia para os EUA, Wemby deixou claro ao final da decisão que ainda dará muito trabalho aos figurões da NBA.
"Estou preocupado com os meus oponentes nos próximos anos"
Melhor para os Spurs que vislumbram o mesmo protagonismo vivido à época de Duncan e cia...
Destaque da Alemanha campeã do mundo, o alemão Dennis Schroder teve médias de 17.2 pontos, 2.5 rebotes, 7.5 assistências por jogo em Paris. Ele foi o grande nome da equipe ao longo de toda a competição, apesar de não ter o mesmo desempenho na derrota para a França na semifinal.
Na NBA, o camisa 17 pode colocar os Nets em outro patamar ao longo da próxima temporada.
Clutch, tem tudo para chamar o jogo cada vez mais.
Steph Curry iniciou a Olimpíada com atuações discretas. No entanto, a partir da semifinal brincou de jogar o joguinho... Foram 36 pontos e nove cestas de três contra a Alemanha e 24 pontos [oito do perímetro] na decisão contra o time francês. Curry terminou com médias de 14.8 pontos e 47,8% dos arremessos de longa distância convertidos.
O camisa 4 dos EUA terá que se reinventar para colocar os Warriors no topo da liga novamente, mas agora sem o parceiro Klay Thompson - eterno Splash Brothers...
Em Paris mostrou que é mágico.
Jokic encerrou o torneio em grande estilo ao conquistar o bronze. O astro do Denver Nuggets atingiu um triplo-duplo de 19 pontos, 12 rebotes e 11 assistências e nenhum turnover na vitória contra a Alemanha. Ao todo, o três vezes MVP da NBA teve médias de 18.8 pontos, 10.7 rebotes, 8.7 assistências, dois roubos de bola e um toco por partida.
O rei de Denver tem tudo para colocar os Nuggets no lugar mais alto do "pódio" da NBA novamente. A tarefa não será das mais fáceis, já que o elenco foi enfraquecido recentemente, mas Jokic não é chamado de Coringa à toa.
Esperemos, mas não deixemos de notar o que o melhor jogador da NBA hoje nasceu na Sérvia.
É, muita coisa mudou.
Por fim, a majestade. LeBron James liderou tudo e conduziu de maneira única o Dream Team mais testado da história e, não sem merecer, foi eleito o melhor da competição. Em todo o campeonato, conquistou médias de 14.2 pontos, 6.8 rebotes e 8.5 assistências.
De volta aos Estados Unidos, a realidade bate à porta. Em um Lakers cercado de incertezas e apostas pouco promissoras, terá que rezar para Anthony Davis não se lesionar e, quem sabe, contar ainda com a ajuda do filho Bronny, um defensor com qualidade.
No ritmo dos "parças", contará ainda com o melhor amigo, JJ Redick, para o comando da franquia de Los Angeles dentro de quadra.
Ou quase isso, né?!
Por lá, a gente sabe quem manda em tudo...
O Raio-X de Paris
MVP: LeBron James (Estados Unidos)
Seleção das Olimpíadas: Dennis Schroder (Alemanha), Stephen Curry (Estados Unidos), LeBron James (Estados Unidos), Victor Wembanyama (França) e Nikola Jokic (Sérvia)
Estrela em ascensão: Victor Wembanyama (França)
Melhor defensor: Aleksa Avramovic (Sérvia)
Melhor treinador: Vincent Collet (França)
Segundo time: Shai Gilgeous-Alexander (Canadá), Bogdan Bogdanovic (Sérvia), Franz Wagner (Alemanha), Guerschon Yabusele (França) e Giannis Antetokounmpo (Grécia)
Terra Cestou!