Dono do Dallas critica COI depois da lesão de George
O dono do Dallas Mavericks, Mark Cuban, fez neste domingo duras críticas ao Comitê Olímpico Internacional (COI) depois da grave lesão sofrida pelo astro Paul George na sexta-feira, durante um jogo-treino de preparação da seleção americana para o Mundial de basquete.
O Mundial é organizado pela Federação Internacional (Fiba), mas o dirigente lembrou que a participação de atletas americanos da NBA em competições internacionais voltou a acontecer nas Olimpíadas de 1992, quando o "Dream Team" de Michael Jordan, Magic Johnson e companhia encantou o mundo em Barcelona.
Cuban disse à ESPN que o COI acumula todos os benefícios, enquanto os clubes têm que arcar com os prejuízos por ceder atletas para as seleções nacionais.
"A pior farsa da história foi o COI convencendo o mundo de que os Jogos Olímpicos eram uma questão de patriotismo e orgulho nacional, e não de dinheiro", disparou.
"Os jogadores e os donos de clubes precisam se reunir e criar sua própria Copa do Mundo de basquete", sugeriu o cartola, que já recebeu milhares de dólares em multas por suas declarações polêmicas.
"O COI está de brincadeira com a NBA. É uma organização marcada pela corrupção, que lucra bilhões de dólares", enfatizou.
Ala-pivô do Indiana Pacers, Paul George, sofreu uma fratura exposta ao cair de mau jeito quando tentava impedir uma jogada de James Harden, em imagens que chocaram o mundo e lembraram a lesão sofrida por Anderson Silva na sua última luta pelo UFC. A cena foi tão forte que provocou o encerramento do jogo antes mesmo do fim do tempo regulamentar.
O jogador de 24 anos foi operado na madrugada de sábado e corre sério risco de perder a próxima temporada da NBA.
A seleção americana quer conquistar o título Mundial para garantir a classificação automática para os Jogos do Rio de 2016 e tentar conquistar a terceira medalha de ouro seguida.
O acordo da NBA com a Fiba autoriza os clubes a não liberar atletas para competir com suas seleções com base em uma "preocupação médica razoável".
Essa cláusula foi usada pelo San Antonio Spurs para vetar a participação do argentino Manu Ginóbili no Mundial, que vai ser disputado de 30 de agosto a 14 de setembro na Espanha.