NBA House promete experiência única. Jogo 5 teve duas
Golden State Warriors e Toronto Raptors protagonizaram um jogo que já se tornou clássico e os torcedores em São Paulo foram ao delírio
A ideia da NBA House é “transpor a experiência de assistir a um jogo da liga de basquete norte-americana” para os fãs brasileiros por causa das atrações importadas das franquias. Entretanto, quem esteve no espaço nesta segunda-feira (10) pôde, além de ver suvenires, comprar na loja oficial da liga ou brincar nos lugares temáticos, ter um gostinho de como é torcer junto a uma massa pelo seu time.
O Terra foi até lá para assistir ao jogo 5 das finais, entre Golden State Warriors e Toronto Raptors. A partida poderia ser a última do ano caso o time canadense tivesse exercido o mando de quadra e fechado a melhor de sete jogos, mas os atuais campeões da NBA foram resilientes e forçaram ao menos mais um jogo na série, que acontecerá na Califórnia na quinta-feira (13).
Antes do jogo começar, os admiradores do basquete se esbaldaram. A quadra interativa que ficava bem no meio do espaço tinha uma disputa de lances livres (a maioria dos fãs passou uma leve vergonha) e depois uma equipe de enterradas que veio direto dos Estados Unidos deu um show. “Comecei a acompanhar a NBA de verdade esse ano e gostei bastante. Quando soube que eles iam fazer esse espaço, eu corri para tentar vir e dei sorte no jogo 5”, disse o engenheiro Alex Carvalho.
Para passar o tempo também havia a possibilidade de testar óculos de realidade aumentada e jogar videogames, mas as maiores filas estavam nas peças de museu que estavam expostas. O troféu da NBA e as camisas de jogadores importantes para a história da liga eram alvo de olhares de admiração. “A camisa que eu gostei mais foi a do Leandrinho. Comecei a acompanhar mais de perto quando ele e o Nenê foram pra lá e não parei mais”, disse o designer Marcos Cerqueira.
Quando o jogo começou, entretanto, todas as atrações secundárias foram esquecidas. A quadra foi desligada e a tabela saiu de cena para não atrapalhar a visão do telão colocado no fundo do galpão. Não que essa fosse a única possibilidade de assistir ao jogo, já que em cada superfície possível havia uma televisão e você podia escolher onde era mais cômodo assistir - mas mesmo assim o telão foi soberano nas atenções.
O público estava bem dividido entre torcedores de Raptors e Warriors. Eu acompanhei a partida perto de um casal que apoiava os canadenses e de um pai que levou o filho para torcer pelo Golden State. A atuação de Kevin Durant, que infelizmente saiu machucado ainda no primeiro tempo, deu um gás para os visitantes, que tiveram a dianteira desde o início e foram para o intervalo com seis pontos de vantagem.
Enquanto alguns aproveitaram a pausa estratégica para ir ao banheiro ou pegar mais bebidas, as Chicago Luvabulls, conjunto de cheerleaders do Chicago Bulls e o mascote do New Orleans Pelicans, Pierre, entreteram os demais. E quando a bola subiu de novo, as atenções não se dispersaram mais.
Esse é o clima da #NBAHouse no último quarto! pic.twitter.com/0Q8HZx4aFw
— NBA Brasil (@NBABrasil) 11 de junho de 2019
Isso porque o Raptors voltou para o jogo com uma sequência de pontos de Kahwi Leonard e os torcedores enlouqueceram a cada cesta. Depois dos canadenses fazerem nove pontos seguidos, era impossível ouvir a narração de Rômulo Mendonça porque o barulho se tornou ensurdecedor dentro da NBA House.
Talvez essa tenha sido a melhor amostra que eu vou ter do Jurassic Park, a praça de Toronto que sempre lota com telões para os torcedores que não têm ingressos para ir ao ginásio e é famosa pela calorosidade. Um fã mais exaltado puxou a marchinha “Está chegando a hora” para serenar os Warriors, por acreditar que não haveria mais como eles deixarem escapar uma vantagem de seis pontos. Mas ele estava errado.
A beautiful sight. #WeTheNorth pic.twitter.com/ygactQb4j9
— Toronto Raptors (@Raptors) 11 de junho de 2019
Os atuais campeões responderam com sua própria série imparável de pontos e viraram o jogo novamente,conseguindo uma vantagem de apenas um ponto faltando 15 segundos no relógio. Quando Draymond Green desviou o arremesso de Kyle Lowry e a bola não entrou, já no estouro do cronômetro, os torcedores do Warriors foram à loucura.
A Oracle Arena, ginásio de Golden State, é famosa por ser uma das mais barulhentas da NBA. E a NBA House importou parte desse espírito quando a bola não entrou, com todos vibrando demais. O pai à minha frente, devidamente trajado com uma camisa de Durant, comemorou demais enquanto seu filho tampava os ouvidos. Já o casal ao meu lado se consolou com um beijo e foi embora rapidamente. O jogo 6 promete ter mais desses mixes de emoções, tanto na Califórnia quanto no Canadá e aqui, em São Paulo. Os ingressos já estão à venda.