Magnano: indefinição sobre basquete no Rio 2016 atrapalha
Técnico da Seleção masculina de basquete espera que reunião no próximo sábado ponha um fim na indefinição desta situação
A cerca de um ano do início dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, mesmo sendo anfitrião da competição, o técnico Rubén Magnano ainda vive a indefinição se a Seleção estará mesmo no evento em casa ou ficará de fora. Isto porque há um imbróglio envolvendo a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e a Federação Internacional (Fiba). A CBB não teria pago o valor pedido pela entidade máxima quando a Seleção foi convidada para participar do Mundial de Basquete, em 2014.
Segundo Magnano, ele e a CBB não tem deixado essa polêmica transparecer na preparação dos atletas que disputam o Pan e nem para os atletas que devem estar em Rio 2016. Porém, o técnico argentino admite que para ele isso tem atrapalhado.
"Temos que ser muito claros, se você fala da questão financeira da CBB atrapalhou nosso trabalho até agora? Não, em absoluto. Aos jogadores não faltaram nada, eles foram tratados como verdadeiros profissionais. Não lhes falta nada. Não podemos usar isso de desculpas para a preparação porque ela é ótima”, disse.
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“Para mim como treinador, o fato de não saber ao certo o que vai acontecer é claro que atrapalha. Mas hoje meu foco quase 100% está aqui no Pan. Daqui a pouco, sobretudo depois do dia 18, vamos ver qual é o pepino que temos que resolver”, completou Magnano, que já está em Toronto com o grupo que disputará os Jogos Pan-Americanos.
Como disse o treinador em sua resposta, um ponto final neste assunto deve acontecer no próximo dia 18. “É uma situação que não tenho como ficar afastado. É claro que um erro financeiro não vai mexer com isso, em absoluto. Tento interpretar e fazer o melhor, mas eu tenho esperança que a coisa dê certa e que chegamos a um final feliz. No dia 18, vamos ter uma importante reunião aqui no Pan, com a cúpula da CBB, da Fiba e do COB para encontrar um caminho que dê certo para que o Brasil esteja em 2016”.
Preparação para o Pan
Há mais de três semanas treinando com o grupo que disputará os Jogos Pan-Americanos, o treinador afirma que vive situação bem diferente do que encontrou quatro anos atrás, quando estava começando sua trajetória na Seleção Brasileira de basquete.
“Já que você citou Guadalajara, juntamos quase todo mundo em cima do avião, sem tempo de treinamento. Hoje chegamos aqui com quase quatro semanas de trabalho, quatro, cinco jogos amistosos. São preparações completamente diferentes. Já dá para pensar que a equipe está hoje na luta”, disse.
“Eles sabem. Há gente jovem e há gente não tão jovem, mais experiente. Sobretudo temos que passar a eles que a Seleção Brasileira tem que ser uma coisa mais positiva como uma vitrine para o nosso basquete, para o desenvolvimento do nosso basquete. Eles têm que interpretar isso e não ficar com atitude egoísta, de pensar somente um. Tem que pensar que eles têm que dar algo ainda para que nosso basquete evolua”.
O treinador ainda não sabe o que encontrará na competição no Canadá. “As outras equipes apresentaram listas com 20, 24 jogadores que não são a realidade de quem virão aqui disputar os Jogos Pan-Americanos. Quando definir a lista, aí sim, vamos ter uma base de quem tem mais e menos talento. De qualquer forma já temos muito claro que o Canadá tem uma equipe muito forte. Estados Unidos sempre. Depois todos vão estar em um patamar para lutar”.
Magnano perdeu um reforço de peso a poucos dias de viajar para Toronto. O armador Raulzinho acertou com o Utah Jazz e deixou a delegação brasileira a pedido da franquia da NBA. “Felizmente para ele, infelizmente para a Seleção. Tínhamos um programa muito bom para o programa da Seleção. Esperamos recuperá-lo pronto. O Utah Jazz não o liberou novamente para retornar ao nosso grupo depois de assinar o contrato para retomar o trabalho que vinha fazendo há três semanas. Praticamente não tenho o que fazer”.
