Sterling processa Clippers, esposa e comissário da NBA
A novela envolvendo Donald Sterling e seu desligamento da NBA ganhou mais um capítulo na noite desta terça-feira. Alegando que ninguém tem o direito de vender o Los Angeles Clippers a não ser ele, o dirigente resolveu entrar na Justiça e abriu processos contra a própria franquia, o comissário da NBA, Adam Silver, e sua esposa, Shelly Sterling.
Sterling foi desligado de suas atividades na NBA em abril deste ano após o vazamento de uma gravação telefônica em que fazia comentários racistas. Com a divulgação do que foi conversado, outros dirigentes passaram a intervir com o objetivo de vender a franquia.
A principal ação de Donald é para que a Justiça barre a venda da equipe, que já estava acertada para Steve Ballmer, ex-CEO da Microsoft, por 2 bilhões de dólares (cerca de R$ 4,4 bilhões). Como foi Shelly quem acertou a negociação, o dirigente declarou que ela não tem o poder de concretizar a venda já que a franquia está em seu nome.
"A nova ação judicial afirma que o vendedor da equipe não é Donald, e não é Shelly - o vendedor da equipe é a empresa que detém a equipe, e isso é LAC Basquete Clube Inc. Quando Donald comprou a equipe, as ações da empresa estavam apenas em nome dele. Eles só foram emitidos para Donald, por isso ele detém as ações da corporação", explicou o advogado de Donald Sterling, Bobby Samini.
A imposição de Donald sobre a venda da franquia ficou ainda maior após ele ter sido afastado do grupo de pessoas que toma as decisões no clube depois de laudos psicológicos apontarem que ele é "mentalmente incapaz" de manter suas funções.
Contra a NBA, o empresário pede uma indenização de um bilhão de dólares por danos morais e materiais. Se conseguir continuar no comando dos Clippers, Sterling pode causar grandes problemas ao clube, principalmente porque o técnico e alguns jogadores já afirmaram que pretendem se desligar da equipe caso ele continue.