Bolsonaro defende jogador de vôlei: "Tudo é homofobia"
Maurício Souza, central do Minas Tênis Clube foi afastado da equipe por declarações homofóbicas
Afastado do Minas Tênis Clube, o jogador de vôlei Maurício Souza viu o presidente Jair Bolsonaro ironizar a decisão do clube mineiro nesta quarta-feira. Após declarações homofóbicas nas redes sociais, a equipe do central - pressionada por patrocinadores - optou por afastar, multar e exigir uma retratação de Maurício.
Em tom irônico, Bolsonaro, enquanto aguardava o início de uma entrevista ao canal Jovem Pan News, afirmou que "tudo é homofobia" ou "feminismo". Ao vivo, o presidente soube do afastamento de Maurício Souza e disse:
"Impressionante, né? Tudo é homofobia, tudo é feminismo", declarou, aos risos.
ENTENDA O CASO
O atleta, declaradamente de direita e apoiador de Jair Bolsonaro, se viu no centro de uma polêmica por falas homofóbicas publicadas no último dia 12. Isso tudo por uma cena de beijo envolvendo o personagem Super-Homem. Os atletas da Seleção Brasileira de vôlei Mauricio Souza e Douglas Souza trocaram indiretas nas redes sociais sobre uma página da revista em quadrinhos sobre o gesto de afeto homossexual.
Mauricio iniciou o debate público ao realizar uma postagem no Instagram reclamando de uma imagem do novo Superman, filho de Clark Kent, dos HQs da DC Comics, Joe Kent, que é bissexual. Em comentário, ele escreveu: "Ah, é só um desenho, não é nada demais'. Vai nessa que vai ver onde vamos parar".
Douglas Souza, assumidamente homossexual e personagem ativo nas redes sociais, criticou o ex-colega de Seleção Brasileira de forma indireta. Sem citar nomes, ele comentou que era "engraçado que não 'virei heterossexual' vendo os super-heróis homens beijando mulheres… Se uma imagem como essa te preocupa, sinto muito, mas eu tenho uma novidade para a sua heterossexualidade frágil".