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A Paraíba é Fogo: Tiquinho puxa fila de conterrâneos e destaques do time

Por: Redação Jogada10

8 jul 2023 - 20h46

(atualizado às 21h10)

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A "Paraíba é Fogo!". Após a vitória no clássico contra o Vasco, no último domingo, o próprio Botafogo fez questão de destacar nas redes sociais a relevância do Estado no elenco e na campanha no Campeonato Brasileiro. Afinal, além do brilho de Tiquinho Soares, três outros jogadores que nasceram por lá vem dando um tempero especial ao time. Protagonista, o atacante Luís Henrique (da capital João Pessoa) já fez quase 40 partidas na temporada 2023, mas Hugo (de Cabedelo) e Carlos Alberto (de João Pessoa) voltaram a entrar em cena há pouco tempo.

Esta é uma das matérias que o Jogada10 preparou a partir da visita às origens de Tiquinho, em Sousa/PB, no sertão nordestino. Na primeira da série, publicamos histórias da infância e evolução da carreira do camisa 9 alvinegro, que superou diversas dificuldades e alcançou o sucesso improvável no futebol. E ainda vamos mostrar a luta do "Dino", como é chamado o time da cidade do ídolo, na Série D.

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A representatividade da Paraíba e do Nordeste é ainda mais marcante porque os atletas dão demonstrações de serem muito unidos. É bastante comum vê-los fazer referência à "terrinha" em vídeos divulgados pelo Botafogo no vestiário depois dos jogos.

"Temos uma relação muito boa, assim como todo grupo, mas a gente por ser conterrâneo é sim um pouco diferente. Está sempre se ajudando no que pode. Eu e Carlinhos (Carlos Alberto) moramos próximos, estamos sempre treinando juntos também fora do clube", contou Luís Henrique, que chegou ao Glorioso em 2018, com 16 anos.

Carlos Alberto ressurge com gol

A parceria é tamanha que mesmo a disputa direta posição não causa ruídos. Afinal, Carlos Alberto, emprestado pelo América-MG, perdeu espaço nos últimos meses e viu o próprio Luis Henrique, além de Victor Sá, dominarem o setor esquerdo de ataque. Nada que tirasse o desejo dele de seguir trabalhando no dia a dia. Com isso, a recompensa veio com o belo gol sobre o Vasco, nos acréscimos, após o técnico interino Cláudio Caçapa colocá-lo em campo em substituição a Tiquinho.

"Feliz por estar juntos dos 'paraíbas' aí ajudando o Botafogo. Estava trabalhando há um longo tempo já e não vinha entrando. Feliz por esse momento e pelo meu companheiro. Todos os dias a gente brinca que aprende com o Tiquinho, que é uma referência", afirmou Carlos Alberto.

De fato, apesar de mais reservado, Tiquinho Soares, aos 32 anos, é o único com experiência de sobra para sugerir os caminhos certos para os meninos. É uma referência técnica, do alto de seus mais de 100 gols no futebol europeu e a atual artilharia isolada do Brasileirão. Aliás, os conterrâneos são os mais animados na hora de puxar a música que já caiu nas graça dos torcedores nas arquibancadas.

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"É bom que somos conterrâneos, temos quatro paraibanos na equipe hoje. A gente sempre fica junto e brinca muito. Ele (Tiquinho) é uma referencia boa e nos ajuda muito", admitiu o jovem lateral Hugo recentemente, para em seguida entoar a canção que diz que "o dia já vem raiando, meu bem, Tiquinho Soares é f…" (veja no vídeo acima).

Zagueiro Maciel é o quinto paraibano

Em abril, o Botafogo investiu R$ 2.4 milhões na contratação de Jefferson Maciel, zagueiro de 19 anos do Ceará. Há duas semanas, ele passou a treinar com os profissionais para ser observado, até por conta da aposentadoria do argentino Joel Carli. Nascido em Sousa, Maciel é da mesma cidade de Tiquinho, o que torna a coincidência dos paraibanos ainda mais curiosa.

"Ele é muito bom jogador e com certeza vai dar certo no Botafogo. Passou pelo nosso projeto aqui e tenho falado com ele para dar força nesse momento de transição para o profissional. É mais um filho de Sousa brilhando na Série A", disse Nildo Lima, o primeiro técnico de Tiquinho e que comanda o CRA (Centro Recreativo Angelim) com mais de 350 crianças no sertão paraibano.

Zagueiro paraibano Maciel no treino dos profissionais, em junho –
Foto: Vitor Silva/Botafogo / Jogada10

Dos clubes cariocas, o Botafogo é o que mais tem nordestinos. São nove jogadores, mais de um terço do total. Além da legião de paraibanos, outros dois grandes destaques do time titular, Adryelson e Júnior Santos, nasceram no Maranhão e na Bahia, respectivamente.