ANÁLISE: Oscilação atrapalha Botafogo e assombra trabalho de Luís Castro
Glorioso tem primeiro tempo fraco, evolui na segunda etapa, mas não consegue vencer a Portuguesa no Luso Brasileiro
O primeiro tempo do Botafogo no empate sem gols com a Portuguesa no Luso Brasileiro, pela Taça Rio, foi muito fraco. O time quase não cedeu espaços ao adversário, é verdade. No entanto, os alvinegros só criaram duas oportunidades de perigo nos 45 minutos iniciais: um chute de fora da área de Víctor Sá na trave e uma cobrança de falta de Eduardo para fora.
O Glorioso até entrou melhor no segundo tempo depois das substituições de Luís Castro. O treinador colocou Lucas Fernandes, Lucas Piazon e Luis Henrique nas vagas de Danilo Barbosa (lesionado), Carlos Alberto e Víctor Sá.
As alterações deram uma nova dinâmica ao time, que controlou as ações do meio e começou a ser mais incisivo na frente. O Glorioso quase chegou a marcar com Luis Henrique e Lucas Fernandes no segundo tempo, justamente os jogadores que entraram em campo no intervalo.
Apesar dos esforços, os alvinegros não conseguiram concretizar as oportunidades criadas e foram vaiados pelos torcedores depois do término da partida. O Botafogo agora precisa de uma vitória em Volta Redonda para se classificar para final da Taça Rio.
Um dos problemas do time de Luís Castro neste começo de temporada é a inconstância ao longo dos 90 minutos. A equipe sofre muitos altos e baixos dentro de uma mesma partida e esta falta de padrão muitas vezes acaba sendo mortal para os botafoguenses.
No jogo da última quarta, apesar da goleada histórica diante do Brasiliense na Copa do Brasil, o Glorioso também não conseguiu ser regular na partida inteira. No primeiro tempo, os defensores alvinegros cederam espaços e poderiam ter sido vazados em pelo menos três oportunidades.
Caso alguma das chances claras de gol do Brasiliense tivesse sido convertida, talvez não teríamos um placar tão elástico no Espirito Santo. O time de Luís Castro está aos poucos sendo uma defesa sólida novamente, mas segue oscilando muito dentro de um mesmo confronto.
Danilo Barbosa deu uma maior sustentação defensiva ao time, mas ainda existem lacunas no setor ofensivo para serem resolvidas. O retorno de Eduardo é um ponto positivo, mas um time não pode ficar dependente da criatividade de apenas um jogador.
O Botafogo agora terá uma semana para trabalhar, corrigir os erros e entrar com uma diferente postura no jogo de volta da semifinal da Taça Rio, no próximo dia 27. Caso esta "bipolaridade" da equipe não seja corrigida, Luís Castro terá cada vez mais problemas em seu trabalho.