Botafogo arma esquema de segurança no Uruguai após classificação à final da Libertadores
Semifinal contra o Peñarol foi marcada por confusões tanto no Rio quanto em Montevidéu
Por questões de segurança, os jogadores do Botafogo não deram a tradicional e obrigatória entrevista na beira do gramado após a classificação à final da Libertadores. Mesmo assim, por orientação do staff de segurança, os jogadores permaneceram cerca de 40 minutos no campo.
Mas antes puderam agradecer cerca de 1.600 torcedores que foram ao Centenário, cantando e gritando muito ao ritmo da torcida postada numa parte no fundo da arquibancada, também bem isolada dos uruguaios.
Comemorando a classificação inédita à final da Copa Libertadores com o placar agregado por 6 a 3, o time carioca adotou postura precavida para evitar qualquer conflito com os uruguaios no Estádio Centenário, até para não ser prejudicado na decisão, que será contra o Atlético-MG.
A final entre brasileiros está marcada para o dia 30 de novembro, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina, justamente onde o Atlético-MG empatou sem gols com o River Plate, terça-feira, e carimbou sua vaga na decisão. Enquanto o time carioca busca o título inédito, os mineiros querem o bicampeonato.
Mais de 200 pessoas foram detidas e 21 tiveram a prisão decretada. Depois da partida, que o Botafogo venceu por 5 a 0, houve mais confusão. Torcedores uruguaios quebraram cadeiras do Nilton Santos.
Depois da confusão do Rio de Janeiro, somada à goleada avassaladora por 5 a 0, todo o entorno do jogo foi tenso. Nicolas Martinelli, ministro do Interior do Uruguai, fez um pedido à Associação Uruguaia de Futebol (AUF) para que a partida entre Botafogo e Peñarol recebesse torcida única no estádio Campeón Del Siglo.
Ele acreditava que não havia condições de segurança para os botafoguenses após os conflitos que ocorreram no Rio de Janeiro, na semana passada. A Conmebol entrou no circuito e mudou o local da partida para o Estádio Centenário.