Botafogo perde para Peñarol, mas vai à final da Libertadores pela primeira vez na história
Uruguaios jogam melhor, vencem por 3 a 1, mas cariocas aproveitam vantagem construída no Rio
A Copa Libertadores vai ter mais uma final exclusiva de times brasileiros. É a quarta vez nos últimos cinco anos. Depois do Atlético-MG eliminar o River Plate na terça-feira, nesta quarta foi a vez do Botafogo passar pelo Peñarol, no estádio Centenário, em Montevidéu. O time brasileiro perdeu por 3 a 1, mas como havia vencido por 5 a 0 no Rio, ficou com a vaga na decisão.
A final da Libertadores vai ocorrer no dia 30. A decisão será realizada em jogo único, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina.
O Botafogo alcança pela primeira vez a final do principal torneio sul-americano, enquanto o Atlético-MG, campeão em 2013, chega pela segunda vez. Com isso, o Brasil, campeão das últimas seis edições, garante a 24ª taça da competição e encosta nos argentinos donos de 25 títulos.
Com a necessidade de obter uma vantagem de cinco gols, o Peñarol se lançou ao ataque desde o início. Liderada por Leo Fernández, a equipe uruguaia chegou quatro vezes na área do Botafogo nos primeiros cinco minutos. Na melhor delas, Baez chutou por cima do travessão de John.
Nos primeiros minutos, o Peñarol não deixou o Botafogo respirar e buscou ganhar todas as divididas, sempre com muita disposição física. Apesar da pressão, o time carioca mostra boa distribuição em campo e evita que lances perigosos sejam obtidos pelo adversário. O técnico Artur Jorge optou por deixar Luiz Henrique e Almada no banco de reservas.
Aos 17 minutos, em lance confuso dentro da área, o Peñarol reclamou uma penalidade em cima de Leo Fernández. A bola sobrou para Sequeira, que finalizou com perigo. Aos 19, Olivera, de cabeça, quase abriu o placar.
O Botafogo respondeu aos 21 minutos, com cobrança de falta do lateral Alex Telles, que levou perigo à meta do goleiro Aguerre. Mas o Peñarol manteve o ritmo forte e conseguiu o primeiro gol aos 30 minutos, com Báez, que acertou um lindo chute de longe.
O estádio 'pegou fogo' e o Peñarol ganhou força para ir ao ataque e mandar uma bola na trave, aos 32, com cabeçada de Pérez. Mais cinco minutos e Báez quase marcou o segundo.
Além da pressão vinda das arquibancadas e do time do Peñarol, o Botafogo também passou a enfrentar as reclamações intensas e constantes do banco de reservas do time uruguaio.
Antes do intervalo, John fez defesa importante na cabeçada na pequena área de Pérez, após cobrança de escanteio. No intervalo, o goleiro do Botafogo tomou um pisão de Aguerre. O goleiro uruguaio foi expulso.
Com um jogador a mais, o Botafogo teve mais o controle do jogo na segunda etapa. Aos oito minutos, um pênalti foi marcado para o Botafogo. Mão de Rodriguez na área. Mas o VAR analisou a jogada e o penal foi anulado.
O técnico Diego Aguirre fez três alterações no Peñarol e aumentou a força física do time, que chegou ao segundo gol, aos 20 minutos, de novo com Baez.
A situação ficou mais complicada para o Botafogo, aos 24 minutos, quando Mateo Ponte foi expulso, após duas faltas violentas.
No Peñarol entrou o atacante Avenatti no lugar do lateral Milans, enquanto no Botafogo saiu o meia Savarino para a entrada do zagueiro Alexander Barboza. O time uruguaio ainda acredita na reviravolta e na classificação.
Aos 33, Marlon Freitas teve grande chance de marcar o primeiro gol do Botafogo, mas o goleiro De Amores evitou com boa defesa.
Com muita garra, o Peñarol não desistiu nos minutos finais e chegou a 20 finalizações, enquanto o Botafogo se defendeu como pôde e tentou gastar todo o tempo possível.
Aos 42, o Botafogo acabou acertou um contra-ataque. Almada tabelou com Marlon Freitas e marcou o primeiro gol brasileiro. Mas o Peñarol seguiu 'vivo' e ainda conseguiu marcar o terceiro gol por intermédio de Batista, aos 43. Não houve tempo para mais nada e o Botafogo ficou com a vaga na final.
PEÑAROL 3 X 1 BOTAFOGO
- PEÑAROL - Aguerre; Milans (Avenatti), Javier Méndez, Guzmán Rodríguez e Maxi Olivera (Lucas Hernández); Damián García (De Amores), Rodrigo Pérez e Leo Fernández; Jaime Báez, Sequeira (Ignacio Sosa) e Silvera (Facundo Batista). Técnico: Diego Aguirre.
- BOTAFOGO - John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos (Allan), Adryelson e Alex Telles; Danilo Barbosa, Marlon Freitas, Tchê Tchê (Eduardo) e Savarino (Alexander Barboza); Tiquinho Soares e Matheus Martins (Almada). Técnico: Artur Jorge.
- GOLS - Baez aos 30 minutos do primeiro tempo e aos 20 do segundo. Almada aos 42 e Batista aos 43 do segundo.
- CARTÕES AMARELOS - Bastos, Matheus Martins, Vitinho, Almada e Ignacio Sosa.
- CARTÕES VERMELHOS - Aguerre e Mateo Ponte.
- ÁRBITRO - Piero Maza (CHI).
- RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
- LOCAL - Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai.