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Convidada na CPI da Manipulação de jogos, Leila Pereira defende punição pesada a jogadores

Presidente do Palmeiras falou a convite do presidente da CPI, Jorge Kajuru (PSB-GO), se dizendo também favorável ao VAR

5 jun 2024 - 15h57
(atualizado às 16h21)
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Foto: Reprodução / TV Senado - Legenda: Presidente do Palmeiras, Leila Pereira falou na CPI da Manipulação das apostas / Jogada10

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, falou, na tarde desta quarta-feira (4), na reunião da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado. Convidada pelo presidente da CPI, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), a mandatária respondeu a parlamentares, defendendo punições pesadas a pessoas envolvidas com casos de manipulação de resultados no futebol.

"Sem punição você não vai chegar a lugar absolutamente nenhum. A impunidade é a semente do próximo crime. Sem punição severa, não adianta advertência, uma carta. Se você participar desses esquemas, você vai ser banido do futebol, eu não tenho dúvidas disso", afirmou Leila Pereira no começo da audiência.

Leila defende punição a Textor

O motivo do convite feito pelo senador é para que a presidente fale sobre questionamentos deixados por John Textor, dono da SAF do Botafogo, sobre manipulação de resultados em partidas do do futebol brasileiro. Ela defendeu o banimento do estadunidense caso não apresente provas sobre as denúncias feitas.

"Eu tenho profundo respeito ao torcedor do Botafogo. Em momento nenhum eu posso deixar quem quer que seja desqualificar dois títulos do Palmeiras. Eu sei o trabalho que todos temos no Palmeiras, atletas, comissão técnica, todos os profissionais. Conquistar esses títulos é muito difícil. Eu não posso deixar que um estrangeiro venha para o Brasil e, porque perdeu um título, por incapacidade deles, e capacidade do Palmeiras, desqualificar um título do Palmeiras. Então a minhas observações são em relação às atitudes do John Textor, não do Botafogo, e não do torcedor do Botafogo, que eu tenho profundo respeito. Mas eu não vi até agora prova nenhuma. Tenho dúvida nenhuma que o John Textor teria que ser banido do futebol brasileiro. Porque com essas denúncias irresponsáveis, criminosas, ele afeta não só o Palmeiras, mas toda a credibilidade desse grande produto que é o futebol brasileiro", disse.

Leila também defendeu o uso do VAR, pontuando que é necessário haver capacitação dos funcionários que manejam o aparato tecnológico.

"Acredito no VAR, mas acredito que existem erros e que as pessoas precisam ser capacitadas. Eu acredito que a CBF e o diretor de arbitragem estão trabalhando e muito para melhorar cada vez mais a nossa arbitragem. O VAR tem que continuar sim, mas precisamos capacitar cada vez mais as pessoas que manejam", opinou.

"Quem alega, tem que provar"

A presidente do Palmeiras respondeu também a questionamento do Senador Carlos Portinho (PL-RJ), que questionava sobre possíveis ferramentas para evitar a manipulação no futebol. Ele defendeu a criação de ligas e cláusulas anti-corrupção para que os clubes assinem antes das competições, com Leila rebatendo, então, que não tem a solução para os problemas de manipulação.

"Eu não tenho a solução. Eu, como presidente do Palmeiras, não tenho a solução. Aliás, estou aqui como uma vítima. Meu clube foi citado pelo John Textor como um clube que foi beneficiado por manipulação de jogos. Eu não tenho esse conhecimento. Ele não prova o que ele diz. Eu não concordo que o senhor disse que "ele não tem a responsabilidade de provar". Eu não concordo. Quem alega, tem que provar. Se ele não tem como provar, ele não deveria ter falado para a imprensa. Deveria ter sentado com o presidente da CBF", afirmou a mandatária do Palmeiras.

Segundo a Agência Senado, está marcada uma nova reunião para esta quinta-feira (6), com participação de Wilson Seneme, Chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, e Hélio Santos Menezes Jr, diretor de Governança e Conformidade da confederação.

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