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Gareca ganha camisa do Botafogo com o nome de Didi, ídolo e ex-técnico do Peru

Bi-campeão mundial pela seleção brasileira ajudou a classificar o país vizinho para a Copa de 1970

6 jul 2019 - 16h26
(atualizado às 16h26)
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A seleção peruana treinou na manhã deste sábado no Engenhão, estádio do Botafogo, e o clube aproveitou a passagem da equipe nacional pelo local para dar um presente ao técnico Ricardo Gareca em um gesto que ao mesmo tempo serviu para reverenciar Didi. Um dos maiores ídolos da história do clube carioca e bicampeão mundial com a seleção brasileira, o meio-campista que morreu aos 72 anos, em 2001, também brilhou como treinador do Peru e teve o seu nome inscrito em uma camisa botafoguense que foi entregue ao argentino que hoje dirige a equipe sul-americana.

O uniforme, que também continha o número 8 nas costas que era usado por Didi, foi entregue a Gareca no gramado do Engenhão pelo técnico do Botafogo, Eduardo Barroca. E o comandante da seleção peruana ainda recebeu junto com a camisa uma carta de boas-vindas assinada pelo presidente botafoguense Nelson Mufarrej.

Botafogo entrega camisa personalizada de Didi para Ricardo Gareca
Botafogo entrega camisa personalizada de Didi para Ricardo Gareca
Foto: Botafogo/Twitter / Estadão

"Amigos da seleção peruana, sejam bem-vindos ao estádio Nilton Santos. Recebê-los em nossa casa é razão de orgulho para nós. Especialmente porque compartilhamos a idolatria a Didi, um dos maiores jogadores da história do Botafogo e do mundo. Nos orgulha muito o legado que deixou no futebol do Peru", disse o dirigente no início da carta.

"Recebam esta camisa personalizada como demonstração de carinho e respeito pelo seu país, além de admiração pela grande campanha de vocês na Copa América. Didi, que hoje brilha como uma estrela, seguramente está muito feliz com o nosso encontro. Bom jogo amanhã no Maracanã", finalizou Mufarrej.

Campeão do mundo com a seleção brasileira em 1958 e 1962 como jogador, Didi fez história como treinador da seleção do Peru ao classificar o país para a Copa de 1970, no México, onde a equipe nacional voltou a jogar um Mundial depois de 40 anos. E o técnico conduziu os peruanos até as quartas de final da competição e acabou terminando em sétimo lugar - é a melhor campanha da nação até hoje na história do torneio, no qual em suas outras participações foi 10ª colocada em 1930, 8ª em 1978 e 20ª em 1982 e 2018.

No campo do Engenhão, além da reverência a Didi, o treino do Peru serviu para mostrar que o meia-atacante Edison Flores está recuperado de dores no tornozelo direito. Por causa do problema, ele precisou ser substituído durante a vitória por 3 a 0 sobre o Chile, na última quarta-feira, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pela semifinal da Copa América. Até sexta, ele ainda era considerado dúvida para o jogo contra o Brasil, às 17 horas deste domingo, no Maracanã, palco da decisão da Copa América.

Autor do primeiro gol na semifinal diante do Chile, o meia peruano Edison Flores acabou deixando o gramado da Arena do Grêmio no decorrer da partida após sentir uma lesão, mas neste sábado o jogador garantiu que está pronto para encarar o Brasil, na final da Copa América, neste domingo, no Maracanã. O jogador é um dos principais nomes da equipe de Ricardo Gareca.

Flores se diz recuperado de lesão

"Estou bem, foi uma lesão que não me permitiu continuar contra o Chile, mas estou recuperado e espero dar o melhor amanhã [domingo]", disse o meia Flores neste sábado, em entrevista coletiva no Maracanã. "Me sinto bem, recuperado e com vontade de jogar."

O meia declarou que todo o grupo de jogadores está confiante em um bom resultado diante do Brasil. "Tomamos isso como um jogo muito importante. É uma final, é preciso dar o melhor de cada, como é nosso costume", considerou Flores. "Trabalhamos muito e vamos buscar os erros do Brasil. Temos que aproveitar qualquer chance de gol."

O jogador também elogiou o atacante Paolo Guerrero, considerado o principal jogador da seleção e autor de dois gols na Copa América. "Paolo é, para nós, para todo o Peru e para a equipe em si, uma figura importante. Ele é de nível mundial. Tentamos aproveitá-lo ao máximo, copiar suas virtudes. É um jogador humilde e com uma liderança que é muito boa para nós", enalteceu Flores.

Estadão
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