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STJD denuncia e agenda julgamento de Textor por acusações sem provas

Empresário será julgado na segunda-feira, dia 15, e pode ser suspenso e ter de pagar multa

3 abr 2024 - 15h48
(atualizado às 15h48)
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Textor, do Botafogo
Textor, do Botafogo
Foto: Vítor Silva/Botafogo / Esporte News Mundo

Dono da SAf do Botafogo, John Textor foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quarta-feira após séries de declarações polêmicas. O empresário será julgado por não apresentar provas das acusações de corrupção que fez sobre o futebol brasileiro nas últimas semanas. O caso será julgado pela Primeira Comissão Disciplinar no dia 15 de abril, às 13h.

A Procuradoria do STJD denunciou Textor em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva:

  • Artigo 220-A, inciso I: Deixar de colaborar com os órgãos da Justiça Desportiva e com as demais autoridades desportivas na apuração de irregularidades ou infrações disciplinares. Pena: multa de R$ 100 a R$ 100 mil, com fixação de prazo para cumprimento da obrigação.
  • Artigo 223: Deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão, resolução, transação disciplinar desportiva ou determinação da Justiça Desportiva. Pena: multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Parágrafo único. Quando o infrator for pessoa natural, a pena será de suspensão automática até que se cumpra a decisão, resolução ou determinação, além de suspensão por noventa a trezentos e sessenta dias e, na reincidência, eliminação.

No início de março, Textor afirmou possuir gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propinas prometidas. Além disso, cravou manipulação de resultados no Brasileiro dos últimos três anos (2021, 2022 e 2023). O pedido foi acolhido pelo presidente do STJD, José Perdiz, que determinou que Textor juntasse as provas que alega possuir no prazo de três dias. O dono da SAF do Botafogo se manifestou, mas não apresentou provas.

John Textor também será julgado em outro caso. No dia 9 de abril, o Pleno do STJD vai analisar os episódios na derrota por 4 a 3 para o Palmeiras no Brasileirão do ano passado. O empresário acusou a CBF de corrupção por supostos erros da arbitragem na partida.

Em outra investigação, o procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente deu um prazo de três dias para Textor apresentar as provas que diz ter de que houve manipulação nos jogos Palmeiras x São Paulo de 2023 e Palmeiras x Fortaleza de 2022. Caso não as apresente, o dirigente corre risco de ser automaticamente suspenso até que mostre as evidências ao STJD.

Polícia Federal pode agir

Após anunciar o objetivo de instalar uma CPI para investigar as denúncias sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) afirmou que enviou à Polícia Federal um ofício com pedido de investigação contra Textor.

Esporte News Mundo
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