Brasil x Argentina pode ser decisivo para futuro de Tite
Há poucos dias, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, garantiu a permanência do técnico Tite na Seleção, independentemente dos resultados alcançados pela equipe na Copa América. A história está repleta de exemplos de que palavra de dirigente esportivo não pode ser levada muito a sério.
Em resumo, se o Brasil for eliminado nesta terça-feira da competição, no jogo com a Argentina, às 21h30, no Mineirão, a pressão por mudanças na comissão técnica pode surtir efeito, com a possibilidade real da interrupção do trabalho de Tite na Seleção.
Nessa hipótese, pesariam as atuações fracas do Brasil ao longo da Copa América, notadamente nos dois empates sem gol contra Venezuela e Paraguai. Além disso, o time esteve muito mal no primeiro tempo da partida de estreia com a Bolívia, outro adversário sem expressão na América do Sul. Só saiu do 0 a 0 desse confronto no segundo tempo, quando marcou três gols.
A única boa atuação da Seleção na Copa América foi contra o Peru, na goleada por 5 a 0 que encerrou a fase de grupos para as duas equipes.
Cair na semifinal em casa, em que pese a força e tradição da Argentina, seria um golpe duro nas pretensões de Tite continuar na CBF. Isso ficaria mais evidente se uma eventual eliminação no Mineirão viesse com outra atuação bem abaixo do esperado.
Numa situação contrária, com a classificação do Brasil para a final, o caminho estaria mais aberto para o treinador se imaginar no comando da equipe na Copa do Mundo de 2022, no Catar. Mesmo que perdesse a decisão para o Chile - antes, seria preciso que este rival passasse pelo Peru, na quarta-feira (3) -, a situação, a princípio, não seria tão tensa assim. Claro que isso dependeria também de uma avaliação de como se teria dado essa derrota.
Agora, se o cenário da final for outro, com Brasil e Peru, e a Seleção ficar com o vice-campeonato, tudo voltaria à estaca zero. Ou seja, Tite certamente deixaria o Maracanã (no domingo, 7 de julho) sem emprego.