CBF é alvo de representação na Fifa por Seleção não ter camisa 24 na disputa da Copa América, diz blog
Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT faz reclamação formal ao Comitê de Ética da Fifa sobre 'possível violação da CBF nas normas de Direitos Humanos e de não-discriminação'
O fato da Seleção Brasileira ser a única a não contar com um jogador que use a camisa 24 na numeração oficial da Seleção Brasileira na disputa da Copa América renderá novos desdobramentos judiciais. De acordo com o "Blog do Ancelmo", em "O Globo", o Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT apresentou nesta terça-feira (6) ao Comitê de Ética da Fifa uma representação contra a CBF
De acordo com o grupo, a posição é considerada uma ""clara ofensa a comunidade LGBTQIA+ e uma atitude homofóbica". Também houve uma reclamação formal sobre uma possível violação das normas de Direitos Humanos e de não-discriminação.
No Brasil, o "Jogo do Bicho" deu ao número 24 uma conotação histórico cultural envolvendo o número e o associando aos gays. A representação menciona um preconceito contra a população LGBTQIA+ enraizado no futebol brasileiro, além do grupo social ser alvo recorrente de ataques.
Tendo o advogado Carlos Nicodemos como seu representante, o grupo pede a abertura de investigação por parte da Fifa e a notificação da CBF para que apresente uma explicação.
A CBF afirmou que é um direito seu não utilizar o número 24 e não há conotação homofóbica em torno da decisão. A entidade respondeu cumprindo decisão judicial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e, além de frisar que não há conotação homofóbica sobre sua conduta, ressaltou que fez campanhas contra o homofobia.
Na disputa da Copa América, após o goleiro Ederson, que usa a 23, a numeração "salta" para a camisa 25, utilizada pelo meio-campista Douglas Luiz.