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CBF tenta recuperar milhões desviados por ex-dirigentes

Ednaldo Rodrigues fez pedido à Fifa e à Conmebol para obter o resgate

26 abr 2022 - 11h02
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Ednaldo Rodrigues, nome escolhido pela CBF para assumir a entidade após suspensão de 21 meses de Rogério Caboclo
Ednaldo Rodrigues, nome escolhido pela CBF para assumir a entidade após suspensão de 21 meses de Rogério Caboclo
Foto: Divulgação/CBF / Estadão

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, quer que a entidade receba parte do dinheiro desviado por ex-cartolas brasileiros envolvidos em escândalos de corrupção e punidos por isso. Uma quantia milionária fruto de esquemas que compunham o Fifagate estava em poder da Justiça dos EUA e foi encaminhada à Fifa.

A soma total desses recursos é de cerca de R$ 970 milhões. Em entrevista ao GE, Ednaldo não soube precisar quantos desses milhões poderiam ser resgatados pela CBF. Mas sugeriu que a confederação teria o direito de receber um valor proporcional à receita que o futebol brasileiro representa para a América do Sul, em torno de 60%.

Ednaldo enviou documento à Fifa e à Conmebol reivindicando a remissão de uma parcela do dinheiro que chegou à Fifa. A Conmebol e a Concacaf devem reaver uma boa fatia do bolo – ambas se declararam à Justiça dos EUA vítimas dos atos de corrupção praticados por vários de seus dirigentes anos atrás.

A princípio, a Conmebol pode receber aproximadamente R$ 340 milhões. A CBF, no entanto, preferiu não fixar o valor pleiteado. A entidade nacional, caso obtenha sucesso na sua empreitada, quer usar o dinheiro da indenização para fomentar o futebol feminino e o de base e também bancar a reestruturação de estádios.

Três ex-presidentes da CBF foram punidos por causa do Fifagate – José Maria Marin, que acabou preso na Suíça, Marco Polo Del Nero, suspenso por 20 anos do futebol, e Ricardo Teixeira, banido do esporte. Eles negam as acusações de corrupção que lhes foram atribuídas.

O Fifagate nasceu após investigação do Ministério Público Federal dos EUA em 2015 que mirava dirigentes de futebol ligados à Fifa, Conmebol e Concacaf, envolvidos em crimes de extorsão, lavagem de dinheiro e fraude eletrônica.

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