CBF vetou homenagem da Federação Gaúcha de Futebol a Tite
O jogo da Seleção na quinta (31) em Porto Alegre – vitória por 2 a 0 sobre o Equador – marcou o reencontro do técnico Tite com seu Estado. Foi lá que ele despontou para o futebol como treinador, com o título do Estadual de 2000 pelo Caxias, o bicampeonato em 2001, então no Grêmio, e no mesmo ano, com a conquista da Copa do Brasil pelo Tricolor. Por isso, o presidente de Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto, queria lhe homenagear durante a passagem da equipe pelo Rio Grande do Sul. A CBF, no entanto, não permitiu.
Novelletto e Tite são amigos de longa data e a ideia do evento oficial seria uma maneira de o dirigente manifestar sua admiração pelo trabalho do técnico, dono de uma campanha até agora inquestionável na Seleção. A princípio, haveria um jantar oferecido pela federação, com entrega de uma placa a Tite. Mas nada disso foi feito.
Ao saber da intenção de Novelletto, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deliberou que nada poderia tirar o foco da Seleção do jogo com o Equador, muito embora o Brasil já estivesse classificado com antecedência para o Mundial de 2018. Ele então determinou que seu recado fosse transmitido a Novelletto. Que deixasse a homenagem para uma próxima oportunidade. O fato em si causou um mal-estar entre os dois dirigentes.
O que está por trás da decisão de Del Nero, segundo apurou o Terra com fontes da CBF, é uma equação que mistura vaidade e disputa de poder. Tite é signatário de um documento pedindo transparência no comando do futebol brasileiro e tenta ao máximo se desvincular de Del Nero, cuja situação permanece indefinida por sua condição de indiciado pela Justiça dos EUA por crimes de corrupção. Já Novelletto mantém uma posição independente em relação ao presidente da CBF, com quem também evita contatos mais próximos.
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