Constrangido, Juninho Paulista não se explica na Seleção
Ao lado do técnico Tite, durante entrevista de convocação da Seleção Brasileira para o início das eliminatórias, o coordenador Juninho Paulista não soube explicar o porquê de ter mantido vínculo com o Ituano, clube paulista, do qual era um dos gestores, mesmo depois de ser contratado pela CBF em 2019. Questionado sobre o possível conflito de interesses, ele se esquivou de dar uma resposta clara.
“Sobre isso, o que eu tenho a dizer é que estou muito seguro da minha competência e das minhas credenciais para exercer esses cargos. Aconteceu uma pendência jurídica e ela foi resolvida e perante a CBF está tudo bem.”
Antes de se tornar coordenador da Seleção, ele comandou o Departamento de Desenvolvimento do Futebol da entidade, cargo também remunerado.
O caso de Juninho veio a público em reportagem do jornalista Lúcio de Castro, da Agência Sportlight, publicada em fevereiro, na qual ficou comprovado que o ex-jogador se desligou de sua empresa, a JP Gerenciamento de Futebol, em novembro de 2019, mas sem se desvincular totalmente dela, permanecendo como seu usufrutuário.
Após falar rapidamente sobre o assunto, o semblante de Juninho se alterou e ele ficou com a expressão fechada. Pouco depois, o técnico Tite também comentou a polêmica, saindo em defesa do coordenador.
“Eu e Juninho nos conhecemos, ele sendo meu atleta e eu técnico dele no Palmeiras. Sempre foi de muita retidão de lealdade. Na Seleção, em nenhum momento houve outro interesse que não fosse o da escolha dos melhores atletas. Nossa relação de confiança continua igual”, declarou Tite.