Sem definir titulares, Brasil faz treino técnico intenso
Intenso e interessante. Assim pode ser definido o treino que Dunga comandou nesta quarta-feira, com a Seleção Brasileira, em Santiago. Ele não esboçou qualquer formação do time titular que vai enfrentar o Paraguai, mas treinou os jogadores em duas situações diferentes que são bastante úteis no futebol atual: marcação sob pressão e contra-ataque.
O treino começou atrasado, mas com muita intensidade. Os jogadores foram divididos em três equipes, que fizeram a atividade em um espaço bastante reduzido. Uma das equipes tentava roubar a bola das outras duas, que tocavam rapidamente. Se alguém perdesse a posse, o time inteiro desse jogador teria que tentar recuperá-la de volta. Pode até ser chamado grosseiramente de um "bobinho em equipe", mas na prática é mais profundo do que isso, já que treina os jogadores para fugirem da marcação sob pressão e também fazê-la.
Depois de 40 minutos, a divisão das equipes foi mantida, mas em outra atividade. Foram colocadas duas traves no meio-campo, uma de costas para a outra. Elas ficaram defendidas pelos goleiros Jefferson e Marcelo Grohe, enquanto duas equipes se enfrentavam. Se o time do ataque conseguisse pelo menos finalizar, continuava com a bola. Se houvesse desarme, a outra equipe podia usar o terceiro time para inverter a jogada e atacar na outra trave. Com isso, os jogadores treinaram para armar contra-ataques rápidos e também se defender, mesmo com minoria na zaga. Este treinou durou um pouco menos, cerca de meia hora.
Por fim, dez jogadores se reuniram para treinar finalizações livres, apenas dominando a bola e chutando para gol sem marcação. Ao contrário do que era esperado, ninguém treinou cobranças de pênaltis, o que seria importante, já que agora a decisão será nessas cobranças, caso aconteça algum empate no tempo normal. Mas o Brasil ainda terá tempo para treinar isso, já que fará duas atividades secretas nos próximos dias. O jogo contra o Paraguai será no sábado, às 18h30 (de Brasília).