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"Cruzeiro é um exemplo"; veja melhores frases de Dunga

19 ago 2014 - 13h04
(atualizado às 15h31)
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Dunga fez, nesta terça-feira, a sua primeira convocação no retorno à Seleção Brasileira e, chamou, logo de cara, seis jogadores que atuam no País para os amistosos contra Colômbia e Equador, no início de setembro. Jefferson (Botafogo), Gil (Corinthians), Elias (Corinthians), Everton Ribeiro (Cruzeiro), Ricardo Goulart (Cruzeiro) e Diego Tardelli (Atlético-MG) tiveram os seus nomes anunciados pelo treinador, mas foi o time celeste que recebeu mais elogios.

Durante entrevista coletiva concedida após a convocação, o comandante da Seleção exaltou o atual campeão e líder do Campeonato Brasileiro, classificando-o até como um bom exemplo para o futebol nacional. Ao comentar sobre a situação do esporte bretão no País, Dunga lamentou que ele ainda perca muitos atletas para o exterior e citou o Cruzeiro como time essencial para a sua evolução.

“O Brasil deu um grande passo (para se desenvolver) com a Copa do Mundo, graças à melhora dos gramados e dos estádios, mas ainda perde muitos jogadores para a Europa. O importante é que agora temos um bom exemplo que é o Cruzeiro, que mantém a mesma estrutura há pelo menos dois anos e vem conseguindo resultados muito bons. Isso vai ajudar muito na evolução do futebol brasileiro”, disse o treinador, que ainda falou de Neymar, da ausência de um centroavante em sua lista e também da expectativa para os primeiros amistosos no retorno à Seleção.

Confira, abaixo, o que de principal disse Dunga nesta terça-feira:

Pensar em 2018 ou garantir resultado agora?

As duas coisas são pertinentes. A Seleção Brasileira, como qualquer clube, vive de resultados. A história nos demonstra que, quando você faz terra arrasada sem dar estrutura para os mais jovens, dificilmente dá certo. Tem quer ter estrutura com os mais experientes para os novos se sentirem mais confortáveis. E agora vem a melhor parte. A mais divertida, a mais alegre, que é trabalhar dentro de campo com os jogadores. É uma nova fase para todos. Nós elogiamos a Alemanha, que tem um trabalho a longo e médio prazo, e vamos poder fazê-lo agora. Mas temos que buscar eficiência, porque jogadores de qualidade nós temos. 

Dunga e Marin lado a lado em convocação; calendário da CBF deixa Dunga sem opções para não desfalcar clubes
Dunga e Marin lado a lado em convocação; calendário da CBF deixa Dunga sem opções para não desfalcar clubes
Foto: Sérgio Moraes / Reuters

Seis jogadores que atuam no Brasil

Falamos com alguns técnicos e tivemos a sensibilidade de convocar apenas dois por equipe, que é uma norma que existe na Seleção Brasileira. Todo treinador tem a liberdade de pensar e agir, mas a prioridade é a Seleção Brasileira... Para nós montarmos a Seleção, temos que ter a colaboração e paciência dos treinadores para que estes jogadores estejam conosco.

Três novidades

O Everton Ribeiro foi convocado pela sua qualidade e pelo drible. Como o futebol atualmente conta com uma marcação muito cerrada, em que quase não há espaço, é importante ter um jogador com a sua qualidade. O (Ricardo) Goulart é um meio-campista agressivo e muito, muito, muito competitivo. É um jogador que entra muito na área como surpresa e sabe concluir muito bem. Já o Gil tem jogado muito bem há pelo menos dois anos. É um zagueiro muito firme, que é forte na bola aérea e tem uma postura de defesa que os jogadores respeitam. Ele sabe se impor. 

Neymar

O Neymar é uma referência do futebol mundial. Possui uma qualidade excepcional. Temos que aproveitar isso para ele ser uma referência não só para os atletas da Seleção, como também para os jovens que surgirem. Ele tem o negócio de ser moleque no drible, mas também possui a responsabilidade de ajudar coletivamente.

Dunga quer Neymar como referência em nova era na Seleção:
O que mudou no Neymar de 2010 para cá?

Seguramente, ele pegou gosto pelo gol. É muito mais eficiente. Procura o gol a cada lance, é mais forte emocionalmente, fisicamente, tecnicamente. Os jogos internacionais serviram muito para isto. Ele está mais maduro. Todos nós pudemos ver a entrevista que ele deu recentemente, dizendo que ainda precisa melhorar muito para a Copa. Isso mostra a maturidade que ele tem de saber que precisa e que quer crescer ainda mais no futebol.

Fraqueza do futebol nacional

Cada um tem a sua opinião. O que eu posso dizer é que o Campeonato Brasileiro é um dos mais difíceis para se jogar – pela qualidade dos clubes, distância, viagens, etc. Há um ano, os clubes brasileiros tiveram uma supremacia muito grande nos torneio sul-americanos. Agora, queremos melhorar a qualidade técnica do nosso futebol. O Brasil deu um grande passo com a Copa do Mundo, graças à melhora dos gramados e dos estádios, mas ainda perde muitos jogadores para a Europa. O importante é que agora temos um bom exemplo que é o Cruzeiro, que mantém a mesma estrutura há pelo menos dois anos e vem conseguindo resultados muito bons. Isso vai ajudar bastante na evolução do futebol brasileiro.

Dunga apresenta lista
Dunga apresenta lista
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Jovens e experientes

Naquela época (da primeira convocação pela Seleção Brasileira, em 2006), também trouxemos jovens. A análise do treinador é feita pelo desempenho de cada atleta em campo. Independe da idade. O ideal, logicamente, é a mescla, mas não se pode excluir jogador algum somente por causa da idade. Se fosse por isso, a Alemanha não levaria o Klose e o Lahm para a Copa. A questão principal é o momento e o rendimento.

Vencer ou convencer?

A principal coisa é passar para o torcedor que estamos trabalhando, nos empenhando. Passar uma energia muito positiva, mas, somado a isto, temos que ter um bom resultado e um jogo que faça com que o torcedor volte a ter essa sintonia com a Seleção. Pela qualidade e pelo potencial dos jogadores que temos, possuímos capacidade para fazer isto.

Lista de Dunga não fecha portas para veteranos da Seleção:
Manutenção de 10 atletas da Copa

Pela lista (de convocados), vocês viram que o leque abriu um pouco mais. E é importante avisar que as portas estão abertas para os jogadores que participaram da Copa e não estão na lista. Ninguém está excluído da Seleção, assim como os que estão aqui não estão 100% certos. Montamos uma estrutura, para que os jogadores que chegaram aqui não tenham que fazer tudo do zero. Não é porque teve um resultado negativo que estava tudo errado. Tentamos buscar jogadores posição por posição. Fomos mesclando cada setor e tentando escolher os atletas que mais se adaptavam ao momento. Daí, mais para frente, a gente consegue definir um grupo. É muito cedo ainda. Tem que experimentar neste momento.

Recado para os jogadores

O que temos que passar de principal é que, na Seleção Brasileira, você não vai ter muitas oportunidades. Muitas vezes, haverá somente 45 minutos e você vai ter que apresentar o seu potencial. O jogador tem que estar preparado, não pode esperar que vai ter dez, 15 oportunidades. Ele tem que estar preparado para jogar um minuto e mostrar alguma coisa diferente, porque, estando na Seleção, ele é diferente. Já tem que vir pronto, para chegar em campo e dar sua contribuição.

Ausência de centroavante

A Copa nos mostrou que temos que refazer o nosso pensamento. Atualmente, atacante é qualquer jogador que chega lá na frente, seja o número 5, o 9 ou o 2. Temos vários jogadores que podem atuar nessa função. Há a possibilidade de jogarmos com o centroavante de referência ou sem ele. Um exemplo disto é o Thomas Müller, que jogou as primeiras partidas da Copa como referência e depois atuou mais pelas laterais. E nós temos jogadores que podem fazer essas funções no nosso grupo.

Colômbia

Nós vamos enfrentar uma seleção que foi muito bem na Copa e que tem jogadores fortes fisicamente e de muita qualidade técnica. Mas temos capacidade de como o nosso talento jogar para vencer. É um novo trabalho, então, cada segundo, cada minuto, cada dia é muito importante. E cada jogador tem que se colocar esse desafio. A nossa Copa do Mundo já começa contra a Colômbia. Essa já será uma partida que aproveitaremos para nos preparar para as Eliminatórias.

Fonte: Terra
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